Por Gilmar Alves Jr.
SANTOS, SP, 26 de janeiro (Folhapress) - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu hoje a atuação da Polícia Militar durante o protesto de ontem em São Paulo contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. Ele também classificou como "lamentável" a ação de manifestantes mascarados durante o protesto.
Alckmin disse que a polícia agiu "firmemente" para evitar uma tragédia, e que a orientação dada à PM é para "proteger a população e os manifestantes". Segundo o governador, porém, as pessoas que participaram de atos de depredação e vandalismo não são manifestantes.
"A população de São Paulo não aceita isso e a polícia agiu firmemente no sentido de evitar uma tragédia na praça da República, porque estava tendo uma apresentação, um show com muitas crianças, famílias e idosos", disse o governador ao cumprir agenda pública em Santos, no litoral paulista.
Ao menos 13 capitais tiveram protestos ontem contra a realização da Copa, como Rio, Brasília, Recife e Salvador. Em São Paulo, a manifestação tomou as ruas do centro e terminou em vandalismo e 146 manifestantes presos. Também houve prisões em Natal e Fortaleza.
Alckmin condenou os atos de vandalismo e afirmou que é dever da polícia "prender aqueles de depredam patrimônio público e privado ou fazem atos de vandalismo". "O dever da polícia é fazer isso para proteger a população", disse.
O governador também classificou como "lamentável" a ação dos manifestantes mascarados, que aderem à tática dos "black blocs".
"É lamentável que um grupo de mascarados coloque em risco a população e, ao mesmo tempo, prejudique manifestações que são legítimas, que só ajudam o processo democrático", disse Alckmin.
Jovem Baleado
O governador também foi questionado sobre o jovem de 22 anos baleado em Higienópolis (região central) durante o protesto. Alckmin disse que não tinha informações detalhadas sobre o caso, e que a própria Polícia Militar se manifestaria.
A Polícia Militar informou por meio de nota que Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça Chaves, atingido por dois tiros (um no peito e outro na virilha), é um "black bloc" e que resistiu à abordagem.
O rapaz, segundo a nota, também teria fugido e atacado um policial com um estilete. O caso está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Militar e também pela Polícia Civil.
Segundo testemunhas ouvidas pela Folha de S.Paulo, no momento da ação, os PMs se justificaram dizendo que o rapaz era manifestante e portava coquetel molotov.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, mas, antes que chegasse, os policiais levaram o rapaz para a Santa Casa em uma Kombi da PM, o que contraria a regra que recomenda que os policiais aguardem socorro especializado.
Ele foi encaminhado para o centro cirúrgico e operado durante a madrugada, onde está sob escolta de três policiais do 13º batalhão da PM (Campo Elíseos). Segundo informações da Santa Casa, o rapaz continua internado no centro médico.
Finte: Diário de Guarapuava
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