O ano era 2008. Um acordo entre Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e Ministério Público (MP) proibiu a venda para consumo de bebidas alcoólicas dentro dos estádios brasileiros. Desde lá, os torcedores perderam a chance de unir duas paixões: o futebol aliado à tradicional “gelada”. Mas, nesta sexta-feira, um advogado paranaense conseguiu a liberação da cerveja através da Justiça.
Como na disputa da Copa das Confederações, quando a cerveja retornou aos palcos futebolísticos, além da Copa do Mundo de 2014, que também terá o consumo liberado, o advogado Henrique Cardoso, torcedor do Atlético-PR, entrou com um processo para tal medida também ser adotada nas competições por todo o Brasil.

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Petraglia cobra governador e prefeito no Paraná sobre Copa

Um dos argumentos de Cardoso é de que o próprio Estatuto do Torcedor não possui nenhuma menção à proibição. O artigo 13-A diz que é de condição de acesso e permanência do torcedor no recinto esportivo, sem prejuízo de outras condições previstas em lei: não portar objetos, bebidas ou substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência.
“Proibir a venda dentro dos estádios, através de uma mera resolução administrativa, classificando como crime (estranhamente sem pena), além de completamente inconstitucional, de nada adiantou no que se refere à pulverização da violência urbana”, protestou.
A última audiência ocorreu em outubro, na 12ª Secretaria dos Juizados Especiais Cíveis de Curitiba, e não teve acordo na conciliação. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que foi representada por Nabi Kemmel Mellem, apresentou sua defesa, enquanto Cardoso impugnou sobre ela para o juiz dar a sentença.
Já no final da tarde desta sexta-feira, veio a boa notícia para o advogado, de que foi julgada precedente a ação contra a CBF. A decisão ainda cabe recurso, mas não tem efeito suspensivo sobre ela. As razões da sentença, entretanto, ainda não foram publicadas.

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Veja vídeo da Fifa sobre visita aos estádios da Copa

“Ainda tenho que ver o conteúdo da decisão. De repente, tem alguma restrição, apesar de não acreditar nisso. Todos tem que intimar a CBF para a entidade não vir com a conversa de que não sabiam de nada ou que não foram intimados da decisão”, comemora e cobra ao mesmo tempo.
Presidente da FPF é a favor da cerveja, mas rechaça bebidas mais fortes
O discurso acima, do advogado Henrique Cardoso, é completado pelo presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Hélio Cury. “O cara fica bebendo em volta do estádio, entra drogado e tem alguma fiscalização? Não tem sentido proibir”, questiona. O dirigente paranaense foi além ao citar as competições organizadas pela Fifa e que conseguiram a liberação para os torneios disputados no Brasil. “Estamos num país onde quem mora nele não pode beber dentro do estádio, mas quem vem de fora pode. Um absurdo”, afirmou.
Questionado sobre a entidade ter um possível apoio na decisão sobre o retorno das bebidas, Cury disse que a questão independe da FPF. “A Federação não tem estádio, não tem esse poder, somente os clubes podem requerer e mudar a questão. Sou a favor da venda de cerveja, mas considero bebidas mais fortes preocupantes. O ideal seria comercializar dentro do estádio, sem ambulantes passando pelos torcedores nas cadeiras. Ou seja, apenas nos bares”, finalizou.

PGTM Comunicação - Especial para o Terra






Daqui para baixo é o G1 da GLOBO


Dos seis estados que vão sediar jogos da Copa do Mundo de 2014 e possuem lei ou compromisso com o Ministério Público para proibir a venda e consumo de bebidas alcoólicas em estádios, cinco afirmam que vão esperar a sanção da Lei Geral da Copa antes de definir quais providências serão tomadas pela liberação - Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Apenas um deles - o Ceará - interpreta que a Lei Geral libera a venda sem a necessidade de intervenção do governo.
O QUE DIZEM OS ESTADOS QUE TÊM REGRAS CONTRA BEBIDAS
Unidade da FederaçãoTem lei que proíba bebiba nos estádos?Posicionamento
CENÃOMas há orientação do MP-CE de vetar a venda.Avalia que a Lei da Copa já autoriza a liberação de bebidas em estádios.
MGNÃO
Mas termo de ajustamento de conduta proíbe venda nos estádios.
Informou que vai tomar a decisão de revogar ou não o termo em conjunto com outros governadores de estados em situação similar.
PESIMLei estadual de 2009 proíbe a comercialização e o consumo de bebidas alcoólicas nos estádios.Fará consulta para saber se a Lei da Copa suspende a lei que vigora no estado. Senão, pode enviar projeto à assembleia para revigar lei.
RJSIMLei estadual proíbe venda de destilados e comercialização de qualquer tipo de bebida em latas e garrafas em estádios.Vai encaminhar à assembleia estadual projeto para permitir a venda de bebidas durante a Copa.
RSSIMLei estadual proíbe a venda e o consumo nos estádios.Vai esperar a sanção presidencial antes de encaminhar a proposta que libera a venda de bebida para assembleia.
SPSIMLei estadual veda a comercialização e o consumo e veta vidro e latas nos estádios.Vai aguardar sanção, mas defende posição única dos governos estaduais.
Fontes: governos estaduais
O Senado aprovou na última quarta-feira (9) a Lei Geral sem a liberação expressa da venda de bebidas nos estádios. A liberação do álcool durante os jogos é uma exigência da Federação Internacional de Futebol (Fifa) em razão de acordos com patrocinadores do Mundial.

Assim como o texto aprovado na Câmara, o projeto que passou no Senado suspende, durante o período da Copa do Mundo e da Copa das Confederações, a validade de artigo do Estatuto do Torcedor que veta a venda de bebidas alcoólicas em estádios brasileiros. Agora, o texto será enviado ao Palácio do Planalto nos próximos dias e, a partir da chegada oficial, a presidente Dilma Rousseff terá 15 dias úteis para sancionar o texto.
Para o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, a Lei Geral libera a bebida sem necessidade de consulta aos estados. Segundo ele, a lei federal se sobrepõe às leis estaduais, e a revogação do artigo do Estatuto do Torcedor já é suficiente para revogar as regras nos estados que hoje proíbem a bebida.
Na avaliação de parlamentares, juristas e até de alguns governadores, como a Lei da Copa não libera expressamente a venda, os estados que têm regras contrárias terão que revogar a proibição durante o Mundial.
Quatro dos estados-sede têm leis contra as bebidas: Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Ceará e Minas têm compromissos firmados com os Ministérios Públicos estaduais que vetam a venda e comercialização de álcool durante os jogos.
Em Pernambuco, uma lei de 2009 proíbe a venda. Segundo Ricardo Leitão, Secretário Extraordinário da Copa 2014 em Pernambuco, o governo estadual deve fazer uma consulta à Procuradoria Geral do Estado para saber se a Lei da Copa, por se tratar de uma lei federal, suspende a lei que vigora no estado.
"Caso seja necessário aprovar uma lei específica, o governo pode, entre outras alternativas, apoiar o projeto de lei do deputado Antônio Moraes [PSDB], que já está tramitando na Assembleia Legislativa. Depois da aprovação por unanimidade, tanto no Congresso quanto no Senado, o Governo de Pernambuco deve colaborar com a Lei da Copa”, afirmou Leitão.
O projeto citado foi apresentado em outubro de 2011 e propõe uma exceção à lei estadual para liberar apenas a venda de cerveja em lata sob alegação de que esse ato “não trará nenhum mal para a paz social”. Esta proposta ainda tem caminho longo na assembleia: precisa ser aprovada em comissões e depois ir a plenário.
No Rio Grande do Sul, o governo afirmou que vai esperar a sanção presidencial antes de encaminhar a proposta que libera a venda de bebida para assembleia.
Em nota, o governo de São Paulo também disse que vai aguardar a sanção. No entanto, o governo defende negociação entre os estados para definir uma diretriz única. "O tema deve ser tratado "de maneira harmônica entre as sedes, e não isoladamente pelas unidades da federação."
O governo do Rio afirmou que a decisão de enviar um projeto à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) para liberar a venda está tomada, mas ainda não há definição de quando isso será feito.
Compromissos com MP
Em Minas, não há lei estadual específica que proíba a venda de bebidas alcoólicas em estádios. Mas termo de ajustamento de conduta (uma espécie de compromisso oficial, passível de punição em caso de descumprimento), assinado em março de 2007 pelo Ministério Público e a Federação Mineira de Futebol, proíbe a comercialização em todo o estado de bebidas alcoólicas nos estádios.
Se o texto da Lei Geral da Copa for sancionado na íntegra, como foi aprovado no Congresso Nacional, o governo do estado informou que vai tomar a decisão de revogar ou não o termo em conjunto com outros governadores de estados em situação similar.
Outro estado com situação semelhante, o Ceará, no entanto, interpreta que a Lei Geral já libera a venda de bebidas. De acordo com o secretário especial da Copa, Ferruccio Feitosa, o Ceará irá atuar de acordo com a lei que será sancionada pela presidente Dilma.
* Colaboraram G1 CE; G1 MG; G1 PE; G1 RJ; G1 RS; e G1 SP.
DAQUI PRA BAIXO É O  JUSBRASIL

Comissão da Alepe aprova proibição de venda de bebida alcoólica nos estádios

Publicado por Ministério Público de Pernambuco (extraído pelo JusBrasil) - 4 anos atrás
A Comissão de Constituição de Justiça da Assembléia Legislativa de Pernambuco aprovou, por unanimidade, na manhã desta terça-feira (17), o projeto da Lei Secadentro e no entorno dos estádios de futebol nos dias de jogos. A matéria de autoria do deputado estadual Alberto Feitosa teve como base a proposta do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) de proibição da venda de bebidas alcoólicas durante as partidas como forma de reduzir a violência. O promotor Aguinaldo Fenelon, juntamente com o coordenador do Juizado do Torcedor, juiz Aílton Souza, estiveram presente durante a votação. O projeto será analisado por mais quatro comissões, incluindo a de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, antes de seguir para aprovação em plenário.
A venda de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol foi proibida no primeiro semestre de 2008, quando a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) firmou um protocolo de intenção nesse sentido com o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais, representando o Ministério Público em todo o País. No início deste ano, a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) anunciou que o consumo de álcool seria liberado nos estádios pernambucanos. O presidente da FPF, Carlos Alberto de Oliveira, alegou que o acordo foi firmado com a CBF e não com federação estadual e por isso poderia liberar a venda das bebidas. Foi quando o MPPE, através do Juizado do Torcedor, enviou ofício tanto para a Assembléia quanto para a Câmara do Recife sugerindo a apresentação de projetos de Lei que proibissem definitivamente a venda de bebidas.
DAQUI PRA BAIXO BLOG DO TORCEDOR DO JORNAL DO COMMERCIO 
Decisão

Governador sanciona Lei Seca nos estádios

POSTADO ÀS 19:55 EM 17 DE ABRIL DE 2009
Depois de muita expectativa, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, sancionou o projeto de lei que proíbe a venda e o consumo de bebidas alcoólica no interior das praças esportivas.
No entanto, o executivo estadual vetou os artigos que determinam multa de R$ 10 mil à Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e de R$ 5 mil aos clubes mandantes caso a lei seja descumprida.
Assim, a penacaberá só aos vendedores ou torcedores que infrigirem a lei. Com isso, o projeto de lei voltará para a Assembléia Legislativa antes de passar a entrar em vigor.
Os deputados discutirão se aprovam ou não o veto do governador. Caso não aprovem (algo pouco provável), o texto terá que ser refeito.
Bom, sinceramente, esperava por essa decisão do governador Eduardo Campos.
A sociedade, de uma forma geral, clamava por essa decisão.
Mas, sinceramente, não acho que as bebidas alcoólicas sejam a principal causa da violência nos jogos de futebol.
Tanto é que as bebidas estão proibidas e o medo continua espelhado nas ruas do Recife.
Com informações de João de Andrade Neto/Esportes JC