quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Militares se deitam para simbolizar 15 mil mortos em Alagoas.

Militares decidem por 'Operação Padrão' e protestam contra falta de estruturaCategoria reclama da falta de diálogo por parte do governo do EstadoJonathas Maresia

Após assembleia na sede da Associação dos Oficiais da Polícia Militar de Alagoas, na tarde desta terça-feira (17), policiais de diversos batalhões decidiram desencadear, no Estado, a chamada "Operação Padrão" a partir desta quarta-feira (18). Os militares prometem não ir às ruas, caso não haja um número mínimo de homens e profissionais capacitados para conduzir viaturas. Além disso, eles prometem diversas manifestações até que o governo abra um canal de negociação com a categoria.

Os militares - da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros - reivindicam melhores condições de trabalho e o cumprimento de acordos por parte do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), como promoções de militares que estão há quase 30 anos sem ascenção. Após a assembleia desta tarde, eles saíram em passeata pelas ruas do Trapiche da Barra - onde está localizada a associação - e pelo Centro - onde fica o Quartel Geral da Polícia Militar de Alagoas, passando pela Assembleia Legislativa e pelo Palácio República dos Palmares. Os manifestantes carregavam um caixão, que simbolizava a morte da segurança pública, e se deitaram em frente à sede do Executivo para simbolizar os 15 mil assassinatos da gestão tucana.

"O governador pensava que a gente estava brincando. Durante sete anos, nós tentamos encontrar um caminho e não foi possível. Os militares nas ruas mostram que todos os canais de diálogo se fecharam com o governo do Estado. Infelizmente, não há negociação. É isso que nós cobramos, que o governador nos receba e nos dê uma resposta sobre os problemas que nossa categoria vêm enfrentando", afirmou o major Wellington Fragoso, que preside a Associação dos Oficiais da Polícia Militar.



O coronel Ivon Berto, exonerado do posto de Chefe do Estado Maior após fazer críticas à segurança pública, afirmou que chega a ser desrespeitosa a forma como o governador trata os servidores da área de segurança pública. "A Lei de Responsabilidade Fiscal sempre é apontada como impeditivo para que o governador Teotonio Vilela aumente os salários dos servidores e cumpra antigas promessas", ressaltou, acrescentando que a categoria merece "um tratamento digno" por parte do governo.

Os militares prometem diversas manifestações ao longo dos próximos dias. Segundo eles, panfletos serão entregues à população e os militares passarão a doar sangue, para que possam gozar de dias de folga.




O assassinato brutal do policial militar Ivaldo Oliveira da Silva, ocorrido na última semana, em Porto de Pedras, no Litoral Norte de Alagoas, foi lembrado pelos colegas de farda. Com faixas e cartazes, os militares destacavam que a morte do colega não será apenas mais uma estatística. E, ao final da manifestação, os militares cantaram à porta do Palácio República dos Palmares o hino nacional em homenagem a todos as vítimas da violência, em especial ao solado Ivaldo.

Confira, abaixo, a homenagem dos militares






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