quarta-feira, 30 de outubro de 2013

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Policial busca apoio para implantar projeto pioneiro em MS

Cassilândia Jornal  

O policial militar Edinaldo Souza Neves dos Santos, sócio da ACS (Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul) há nove anos, busca apoio para implantar o Projeto Novo Olhar, que une acessibilidade, mobilidade e ressocialização. A ideia, explica o PM, é capacitar internas dos estabelecimentos penais femininos do Estado para que elas atuem no adestramento de cães. O militar, que é adestrador e condutor de cão de ataque, esteve na Assembleia Legislativa, no último mês, em busca de apoio. 


“Grande parte das mulheres que cumprem pena foram presas por tráfico de drogas, e fazem o serviço ‘formiguinha’. São aquelas de baixa renda, solteiras, que aceitam o tráfico por necessidade”, explica o policial, que já atuou em áreas de fronteira, como Corumbá, conhecido corredor de entrada da droga que circula no Brasil. “O projeto prevê a criação de um centro de treinamento de cães dentro das unidades. Assim, elas terão uma formação técnica e os cães serão usados nas mais diversas modalidades”, continuou.

Segundo estimativa da OMS (Organização Mundial de Saúde), 1% da população do Brasil é formada por deficientes visuais - cerca de 1,7 milhão de pessoas. No entanto, dados do Censo demográfico do ano 2000 apontam para números diferentes. De acordo com o estudo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), há 11,8 milhões de brasileiros com deficiência visual, dos quais cerca de 160 mil possuem incapacidade total de enxergar. ONGs ainda estimam que, no Brasil, existem apenas 90 cães-guia.

De acordo com Edinaldo, o custo de um cão já formado passa dos R$ 30 mil. Já um adestrador pode receber, em média, de R$ 500 a R$ 1 mil mensais por animal em treinamento. “Os cães adestrados pelo centro serão usados nas mais diversas modalidades, como de assistência, para cadeirantes; de alerta, para pessoas que têm epilepsia, diabetes ou problemas psicológicos e psiquiátricos; e de resgate, para o Corpo de Bombeiros. E tudo sem custo algum para o portador de deficiência”, continuou.

Ele explica ainda que a proposta prevê formação de turmas de detentas, que terão aulas teóricas e práticas de cinofilia, conhecimento básico de cuidados veterinários, comportamento animal e adestramento canino. Para se manter, além de buscar parcerias, o Novo Olhar deverá criar uma confecção de acessórios nas unidades femininas, onde serão comercializados utensílios para cães e gatos, como guias, colares, roupas e outros. O CZZ (Centro de Controle de Zoonoses) também poderá selecionar animais para serem adestrados.

“Essa comercialização dará autossustentação ao projeto, possibilitando a manutenção dos animais no canil. O gasto por animal não chega a R$ 200 por mês. Tendo em vista o custo de um cão-guia, por exemplo, o custo-benefício é enorme”, finaliza.

Um comentário:

  1. eu sou o policial idealizador do pojeto
    olha o projeto foi apresentado como projeto de lei

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