sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Polícia prende quadrilhas suspeitas de roubar bancos no Piauí e Ceará, os suspeitos são de vários estados do nordeste e de São Paulo,




Suspeitos são de vários estados e realizavam assaltos no Piauí e Ceará.
Com os presos, a polícia encontrou dinheiro, armas e dinamites.


Do G1 PI

Uma operação realizada pela Polícia Civil em conjunto com a Polícia Militar do Piauí resultou  na prisão de 12 pessoas suspeitas de integrar duas quadrilhas especializadas em assaltos a bancos, com integrantes do Ceará, Bahia, Piauí e São Paulo. Os presos são suspeitos de realizar assaltos no estados do Piauí e Ceará.
O trabalho da Polícia Civil foi realizado por cinco delegados do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), que atuaram em operações simultâneas nas regiões Centro-Norte e Sul do Estado.
Armas apreendidas com os suspeito de integrar quadrilha que roubava banco no Piauí (Foto: Gil Oliveira/ G1)Armas apreendidas com os suspeito de integrar quadrilha que roubava banco no Piauí (Foto: Gil Oliveira/ G1)
“Foram duas quadrilhas presas: o primeiro grupo é suspeito de realizar o seu último roubo a uma agência bancária na cidade de Aroazes, que fica a 204 quilômetros de Teresina. A outra quadrilha foi presa após explodir uma agência na cidade de Caridade do Piauí, região Sul do estado, que fica a 432 quilômetros da capital”, disse o delegado Menandro Pedro.
De acordo com Menandro essa primeira quadrilha é suspeita de roubar pelo menos três agências no estado. “Além da agência em Aroazes, eles confessaram que explodiram e roubaram as agências das cidades de Santa Rosa do PiauíFrancinópolis e Sigefredo Pacheco, que ficam mais próximas da capital”, disse Menandro.
Segundo a polícia, o grupo é formado por seis pessoas que foram presas após o assalto na cidade de Aroazes, realizado no dia 23 de agosto. “O primeiro integrante da quadrilha foi pego horas depois do crime em um matagal, após capotar o veículo roubado utilizado no crime. Depois disso, realizamos buscas e conseguimos prender mais três suspeitos já na região deBeneditinos, distante cerca de 100 quilômetros de Aroazes. Eles estavam fugindo na mata e não resistiram as prisões”, informou o Menandro Pedro.
Os suspeitos informaram à polícia a localização de uma casa no residencial Vale quem Tem, Zona Leste da capital, onde foram presos mais dois integrantes da quadrilha. “Ao chegarmos ao local, prendemos um casal e em poder deles várias dinamites, supostamente utilizadas para explodir os caixas, além de armas e dinheiro. Foram apreendidas uma submetralhadora ponto 40, além de uma pistola 380 e R$ 20 mil, em dinheiro”, revelou o delegado.
Membros da Polícia Militar e Polícia Civil participaram da coletiva (Foto: Gil Oliveira/ G1)Membros da Polícia Militar e Polícia Civil participaram da coletiva (Foto: Gil Oliveira/ G1)
Prisões no Sul do Piauí
Na região Sul do Piauí, as investigações foram comandadas pelo delegado Lucy Keiko, com apoio da delegacia da cidade de Simões e da Força Tática da Polícia Militar de Paulistana.
Na operação, cinco pessoas foram presas suspeitas de assaltarem a agência bancária da cidade de Caridade do Piauí, crime ocorrido no dia 25 de agosto. “Com o grupo formado por pessoas do estado de São Paulo, Bahia, Ceará e Piauí, nós encontramos cerca de R$ 40 mil, além de dinamites e armas. Além do assalto na cidade de Caridade, os presos são suspeitos de realizar o mesmo crime nas cidades de Caldeirão Caldeirão Grande, no Piauí, e na cidade de Aiuba, no Ceará”, informou Lucy Keiko.
De acordo com o delegado Menandro Pedro o que também chamou a atenção da polícia foi a apreensão de uma escopeta calibre 12, banhada a ouro. “Isto mostra o forte poder de fogo desses criminosos”, disse Menandro.
Capitão Felipe da Força Tática da Polícia Militar de Paulistana comandou a operação (Foto: Gil Oliveira/ G1)Capitão Felipe da Força Tática da PM de Paulistana
comandou a operação (Foto: Gil Oliveira/ G1)
Os policiais da Força Tática da Polícia Militar de Paulistana e da delegacia de Simões foram os que realizaram as prisões. “Após o assalto em Caridade, nós montamos várias barreiras e abordamos dois homens a pé que fugiam para o Ceará com R$ 4 mil escondido no tênis. As outras prisões foram feitas pela Polícia Militar”, disse o delegado de Simões, Antônio Fernando.
Material utilizado para explodir agencias bancárias pela quadrilha presa no Piauí (Foto: Gil Oliveira/ G1)Material utilizado para explodir agencias bancárias
pela quadrilha presa no Piauí (Foto: Gil Oliveira/ G1)
As prisões do outros quatro suspeitos foram realizadas pela PM. “Nós fechamos todas as saídas da cidade de Jacobina do Piauí, e interceptamos um veículo Honda Civic. Na abordagem encontramos várias armas e artigos utilizados para explosão dos caixas, que estavam em poder de quatro pessoas”, destacou o capitão da Força Tática, Estenislau Felipe.
Diminuição dos crimes
Com as prisões das duas quadrilhas a polícia acredita na diminuição dos crimes contra as agências bancárias e Correios no interior do Piauí. “Essas pessoas estão fora de circulação, o que deve diminuir os crimes. A maioria dos presos são pessoas experientes e cada um tinha uma função. Os piauienses davam o suporte, sendo conhecedores da área e ajudando nas fugas, já os suspeitos de outros estados realizavam as explosões. Inclusive, um deles é técnico em eletrônica, conhecedor do sistema dos caixas eletrônicos, e outro era um operário de mineradora que sabia manusear os explosivos”, informou Menandro Pedro.
O delegado também informou que a Polícia Civil do Piauí conta com a ajuda do Exército Brasileiro para descobrir a origem dos explosivos. “Esse material tem numeração do lote e fabricação, por isso, requisitamos que o exército nos ajude e descubra de onde esta carga foi desviada”, afirmou Menandro.
Todos os detalhes da operação foram mostrados através de uma entrevista coletiva para imprensa, realizada as 10h desta quinta-feira (29), na sede do Academia de Polícia Cívil.
Segundo o delegado do Menandro, todos os presos foram encaminhados para a Casta de Custódia, Penitenciária Feminina e Penitenciária Irmão Guido, em Teresina.
O delegado também reclamou da falta de segurança nas agências do Banco Bradesco. "Os criminosos escolhem as agências do banco porque não há nenhum dispositivo de segurança. Não tem câmeras, portas detectoras de metal ou vigilantes. A empresa nunca prestou apoio ou informação para a Greco sobre os crimes e nem ao menos se interessa na elucidação dos casos. O que preocupa porque além do prejuízos para as instituições, essas ações criminosas deixam sequelas irreparáveis a população de cidade pacadas, que ficam com a sensação de insegurança", revela Menandro Pedro. 
Por meio de nota, o Bradesco afirmou que não iria comentar as declarações do deledado e disse apenas que "segue um plano de segurança aprovado pela Policia Federal".

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