TV Vitória
Redação Folha Vitória
O Presidente da Associação de Cabos e Soldados do ES, Flávio Gava, comentou sobre ocaso dos policiais militares que foram flagrados jogando peteca no horário de trabalho em Vila Velha. A declaração do presidente foi feita na manhã desta quarta-feira (06), durante uma entrevista ao Jornal ES no Ar, da TV Vitória.
“O que estão fazendo em relação a esse caso é uma tempestade em copo d’água. A Polícia Militar tem trinta anos de excelente serviço prestado à instituição e a grande maioria daqueles policias são subordinados a eles. Então, para não descumprir a regra e chamar um militar de ‘peteca’, que é o apelido dele que é um superior, eles usaram o jogo em referência ao apelido carinhoso. Pode ser considerado o fato de que os policiais fizeram isso no meio da rua. Normalmente, quando a gente quer homenagear um companheiro na entrada ou na saída do serviço, dentro do quartel, a gente tem um momento chamado preleção. Nesse momento, nós fazemos as homenagens, damos o parabéns, entregamos placa com homenagem, em referência aos trinta anos de trabalho. O que aconteceu naquele momento foi que um supervisor da área, que é um Oficial, estava junto com os policiais. Outras viaturas estavam sob a coordenação dele cobrindo a ocorrência que acontecia no momento. Os policiais pararam por volta de 4 horas da manhã, fizeram a rápida homenagem ao Sargento e retomaram as suas atividades coordenadas pelo Oficial da Polícia Militar”, explica.
O presidente da Associação de Cabos e Soldados do ES disse ainda que a equipe que foi flagrada no “momento de confraternização” é responsável por grande parte das apreensões de 2012. “Na Polícia Militar, o policial trabalha até a última noite, muitas vezes em escala desumana, e essa equipe é composta por policiais que mais apreenderam drogas e armas em 2012”, disse.
Informações preliminares dão conta de que a reunião era uma espécie de homenagem a um policial que completava 30 anos de serviço e iria se aposentar. A Polícia Militar investiga o caso e já identificou todos policiais envolvidos.
A tenente coronel Sônia Grobério informou que a PM acredita que as imagens tenham sido feitas há cerca de duas semanas e que já há um procedimento administrativo aberto para cada policial que aparece no vídeo. “Assim que tomamos conhecimento do fato, abrimos um procedimento administrativo para identificar a responsabilidade de cada policial. Essa não conformidade não reflete o trabalho que o batalhão tem desenvolvido aqui em Vila Velha e, por isso, será apurado com todo o rigor possível”, disse a comandante do 4º Batalhão.
Secretário espera rigor na apuração
Mesmo sem ter assistido as cenas em que mais de 20 policiais militares lotados no 4º Batalhão da Polícia Militar (4º BPM) são flagrados jogando peteca, em pleno horário de expediente, durante uma suposta confraternização em homenagem a um PM que completava 30 anos de serviço e iria se aposentar, o novo secretário de Segurança Pública e Defesa Social, André Garcia, disse que não poderia comentar sobre o caso durante uma entrevista concedida ao jornalista Eduardo Santos, no programa Ronda da Cidade, da Rádio Vitória.
Ele garantiu que vai pedir rigor nas apurações por parte do comando da PM. “Eu não posso comentar o caso em si, porque não sei em que circunstâncias isso aconteceu, se eles estavam em horário de educação física. Em linhas gerais, não vou admitir abusos, nem deboches. Espero rigor, e sei que isso vai acontecer, pelo comando da Polícia Militar. Se alguém tiver de ser punido, que assim se faça, pois não coaduno com esse tipo de comportamento. Não haverá nenhum tipo de condecendência por parte da Secretaria de Segurança Pública” afirma André Garcia.
No exato momento em que o programa Balanço Geral, na TV Vitória, exibia as imagens com exclusividade, o secretário André Garcia concedia entrevista ao programa. Ele não tinha conhecimento da reportagem da Redação Integrada de Jornalismo da Rede Vitória. O secretário comentava sobre a presença dele em operações da Polícia Militar, como a ocorrida na noite de segunda-feira. André Garcia relatou que a polícia vai ganhar o reforço de 1.100 policiais militares e de 100 policiais civis que vêm de concursos públicos em vigor.
O desafio do secretário é reduzir o índice de violência no Estado. “Não só de homicídios, mas precisamos reduzir os índices de outros crimes, como assaltos, latrocínios, entre outros. Eu não posso enganar a população afirmando que os assassinatos vão acabar. Mas temos que reduzir para números aceitáveis. Rompemos a barreira dos 50 homicídios por um grupo de 100 mil habitantes. Estamos com cerca de 46 por 100 mil”, revela o secretário.
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