Goiás
Provas são realizadas neste domingo; mais de 22 mil pessoas se inscreveram. Justiça ainda não decidiu se afasta a UEG da organização do certame.
Por Paula Resende
Do G1 GO
Candidatos ao cargo de agente da Polícia Civil de Goiás afirmaram que estão desconfiados quanto à seriedade do concurso. Eles temem que o exame seja anulado pela Justiça. Alguns, inclusive, protestaram usando narizes de palhaço antes da realização das provas objetiva e discursiva, neste domingo (17). “Não tem graça essa situação. É uma palhaçada”, disse um dos inscritos no certame, que não quis se identificar.
O exame seria realizado no último dia 3, mas foi suspenso devido a suspeita de fraude nos concursos da Segurança Pública de Goiás. Mais de 22 mil pessoas se inscreveram no processo seletivo.
A Secretaria Estadual de Gestão e Planejamento decidiu manter a Universidade Estadual de Goiás na organização dos sete concursos públicos do estado que foram cancelados. Mesmo assim, o concurso para agente ainda pode ser suspenso, pois o Ministério Público de Goiás propôs ação civil pública pedindo o afastamento da instituição da elaboração dos exames.
O diretor interino do Núcleo de Seleção da UEG , Karlos Matias Oliveira, afirmou que está confiante que a Justiça não vai cancelar a prova. “Está tudo ocorrendo tranquilamente, fizemos as correções necessárias, os problemas foram sanados para manter a universidade na realização do certame”, ressaltou. O diretor informou também que a segurança foi reforçada com o apoio de policiais federais.
Suspeita de fraude
As suspeitas de irregularidades começaram no dia 25 de fevereiro e levaram ao cancelamento de sete concursos que já haviam sido realizados. São eles: soldado e oficial/cadete da Polícia Militar; de escrivão, agente e delegado da Polícia Civil; de pesquisador do Instituto Mauro Borges; e de cargos técnicos e administrativos da Secretaria de Ciência e Tecnologia (Sectec). Segundo a Secretaria de Gestão e Planejamento do estado (Segplan), quase 80 mil pessoas foram afetadas.
As suspeitas de irregularidades começaram no dia 25 de fevereiro e levaram ao cancelamento de sete concursos que já haviam sido realizados. São eles: soldado e oficial/cadete da Polícia Militar; de escrivão, agente e delegado da Polícia Civil; de pesquisador do Instituto Mauro Borges; e de cargos técnicos e administrativos da Secretaria de Ciência e Tecnologia (Sectec). Segundo a Secretaria de Gestão e Planejamento do estado (Segplan), quase 80 mil pessoas foram afetadas.
A denúncia de fraude envolvendo os exames começou quando candidatos ao cargo de delegado fizeram uma campanha na internet reclamando da sequência numérica e de letras, que se repetia. “Fraude delegado PCGO! Para passar bastava decorar duas sequências de letras”, era o que trazia um dos posts nas redes sociais.
Os gabaritos das provas objetivas canceladas dos concursos para as polícias Civil e Militar em Goiás tinham apenas duas sequências de letras, que se repetiam até completar as 100 questões. A denúncia foi feita por candidatos ao Ministério Público de Goiás e nas redes sociais, logo após a divulgação do resultado preliminar pela UEG. Segundo eles, ao analisar concursos anteriores da área de Segurança Pública, foi constatado o mesmo problema.
A prova A de delegado, por exemplo, tinha uma sequência de letras nas questões de 1 a 10 e outra na de 11 a 20. Depois, a mesma ordem se repetia, até completar as 100 questões objetivas, num total de 5 repetições cada. As provas B, C e D apresentavam o mesmo esquema da prova A. “A prova do tipo A que teve no domingo retrasado para escrivão é do mesmo tipo do tipo B para delegado”, afirma uma das inscritas no processo seletivo.
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