quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

OAB pede celas da PM para advogados suspeitos de ataques em SC



JEFERSON BERTOLINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS




A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção de Santa Catarina (OAB-SC) pediu à Polícia Militar neste domingo (17) que os advogados presos por suposta participação nos atentados criminosos de Santa Catarina sejam levados a celas da corporação.
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Cinco advogados foram presos no Estado --quatro no sábado (16), em operação que capturou outras 21 pessoas em 12 cidades catarinenses, e um em janeiro. São dois homens e três mulheres.
Todos "são suspeitos de integrar facções criminosas responsáveis pelos ataques dos últimos dias no Estado", segundo nota da Polícia Civil.
O Departamento de Administração Prisional (Deap) informou que está providenciando a transferência dos advogados, que estão em unidades convencionais do sistema prisional.
O presidente da OAB em Santa Catarina, Tullo Cavallazzi Filho, informou que a entidade acompanha as investigações e, dependendo do resultado, poderá abrir processo administrativo contra os advogados presos.
Desde o início dos atentados, em 30 de janeiro, a OAB já se manifestou em quatro notas, uma delas para repudiar comentários de agentes da segurança pública sobre advogados que se valem da profissão para colaborar com o crime.
Segundo as investigações da Polícia Civil, os cinco advogados presos seriam mensageiros entre participantes presos e em liberdade do Primeiro Grupo Catarinense (PGC), facção por trás dos atentados.
A onda de violência chegou neste domingo (17) ao 19º dia com 107 ocorrências em 34 cidades, segundo boletim oficial da Polícia Militar.
As medidas mais enérgicas do governo do Estado até o momento foram a transferência de 40 criminosos a presídios federais --feitas no sábado (16) de madrugada-- e a prisão de 25 pessoas "peças-chave" na articulação dos ataques, segundo a polícia.
Outra ofensiva foi o início da Operação Divisa, também no sábado (16), com a Força Nacional de Segurança, para evitar a entrada de armas e drogas no Estado e, com isso, tentar "asfixiar o crime organizado".

Fonte: Folha de São Paulo

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