quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Ministério Publico denuncia ex - comandante por tortura em prisão dada a um Cabo.




Militar do Exército é denunciado por torturar cabo dentro de quartel em Santos DumontA vítima sofreu uma punição disciplinar e teve de ficar 30 dias em uma cela com cheiro forte de esgoto e de urina. Caso seja condenado, o denunciado pode pegar de dois a oito anos de prisão

Publicação: 18/02/2013 15:01 Atualização: 18/02/2013 15:26
A prisão de um cabo do Exército do 4º Esquadrão de Cavalaria Mecanizada, em Santos Dumont, Região da Zona da Mata, em uma cela com pouca higiene, levou o Ministério Público Federal (MPF) a denunciar um ex-comandante por tortura. Devido à situação degradante do espaço onde foi cumprida a punição, a vítima chegou a ter problemas psiquiátricos. Caso condenado, o militar poderá pegar entre dois e oito anos de prisão. 

A denúncia foi feita em 2001, mas somente neste ano foi aceita pela Justiça. O cabo V.P.S descumpriu uma regra militar e foi obrigado a cumprir pena disciplinar de 30 dias aplicada pelo ex-comandante S.T.S. “O cabo foi colocado em uma cela com um forte cheiro de esgoto e urina. O local estava em condições inabitáveis para um ser humano”, afirma o procurador da República autor da ação, Carlos Bruno Ferreira da Silva.

Durante o período da punição, foi solicitado que um médico pudesse atender o cabo e ver se eles estava bem. Foi verificado que o militar já estava sofrendo problemas de saúde e a transferência foi determinada. “O militar já tinha problemas psicológicos devido a um acidente. E devido as condições as quais foi submetido, o problema se agravou”, explica o procurador. 

Para o MPF, não resta dúvida de que a vítima foi torturada, por intermédio da prática de ato não previsto em lei, que lhe causou sofrimento físico e mental.

Perseguição  
Militares que tiveram contato com o cabo foram ouvidos e confirmaram a denúncia. O procurador não soube dizer se o ex-comandante continua na ativa. Caso seja condenado, ele pode pegar de dois a oito anos de prisão.

Fonte: o Estado de Minas

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