sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Ministério Público Federal pede adiamento do Sisu
O Ministério pretende liberar a vista dos textos apenas no dia 6 de fevereiro com caráter pedagógico, ou seja, sem possibilidade de recurso
Em 04/01/13
Por Correio da Paraíba
As Procuradorias da República no Ceará e em Alagoas entraram com ações na Justiça para adiar as inscrições do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) – que seleciona candidatos para vagas nas principais universidades federais por meio da nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) – previstas para terem início na próxima segunda-feira (7).
Os procuradores pedem que o MEC (Ministério da Educação) e o Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) permitam que os estudantes tenham acesso à prova de redação do Enem e possam recorrer – judicialmente, no caso ação de Alagoas – da nota atribuída caso sintam-se prejudicados.
As ações com pedido de liminar foram protocoladas um dia após estudantes insatisfeitos com as notas, divulgadas pelo MEC na semana passada, realizarem protestos em 13 cidades pedindo acesso à redação. O Ministério pretende liberar a vista dos textos apenas no dia 6 de fevereiro com caráter pedagógico, ou seja, sem possibilidade de recurso.
O autor da ação civil pública no Ceará é o procurador Oscar Costa Filho, que nos dois anos anteriores já moveu diversas ações contra a organização do Enem. Segundo o procurador, o Inep tem o dever jurídico de receber, processar e responder motivadamente às reclamações dos que se sentirem prejudicados, no caso de as notas não corresponderem aos critérios de correção.
“O material que institui a peça vestibular contém CD-R com cerca de oito mil assinaturas de candidatos inconformados com o fato de as notas atribuídas não obedecerem aos critérios de correção”, diz o procurador na ação, em referência a uma petição online criada pelo grupo de estudantes, que também tem uma página no Facebook com mais de 31 mil membros.
Redações passaram pelo 3º corretor
São Paulo, SP (Folhapress) - Uma em cada cinco redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foram corrigidas por três avaliadores - 826.798 textos, 20,1% do total de redações corrigidas. O balanço foi divulgado ontem pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela aplicação das provas.
A redação é levada a um terceiro corretor quando a diferença entre as notas dadas pelo primeiro e segundo avaliadores é superior a 200 pontos. Cerca de 100 mil provas, 2,43% do total, ainda foram enviadas à banca examinadora, que é acionada quando a diferença de notas se mantém após a correção pelo terceiro avaliador.
No total, o Inep corrigiu 4.113.558 redações. Segundo o instituto, 1,82% estavam em branco e 1,76% ficaram com nota zero, pois apresentavam texto insuficiente ou cópia do texto motivador, por exemplo.
Segundo o Inep, os números estão dentro das expectativas previstas nas simulações feitas pelo Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe/UnB), que elabora o exame, e pela comissão de especialistas do instituto.
A nota da redação do Enem é composta por cinco quesitos, de pontuação máxima de 200 pontos cada um, levando a uma nota máxima de 1.000 pontos.
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