Quem autorizou?

Governo desmonta central de escutas instalada na PM paulista

Portal Terra

O governo de São Paulo começou a desmontar uma central de escutas telefônicas que funcionava há seis anos na sede do comando da Polícia Militar de Presidente Prudente, no interior de São Paulo. O grupo, formado por cerca de 40 policiais militares, foi criado em 2006 pelo então secretário da Administração Penitenciária (SAP), Antonio Ferreira Pinto. Seu principal objetivo era monitorar presos da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

O órgão funcionava em uma parceira entre a SAP, a Secretaria da Segurança Pública e o Ministério Público. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

O coronel da reserva Homero de Almeida Sobrinho, que coordenava o grupo, foi dispensado pelo substituto de Ferreira Pinto na Secretaria da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, no último dia 6. A saída de Homero ocorreu uma semana após o Tribunal de Justiça de SP arquivar uma investigação sigilosa contra magistrados por suspeita de autorizar uma série de grampos de forma irregular.

Apesar do arquivamento, delegados, promotores e juízes disseram desconfiar que no local funcionava uma central de "espionagem" que teria "grampeado" pessoas sem ligação com o crime organizado, como delegados. Autoridades do governo Geraldo Alckmin (PSDB) negam procedimentos ilegais.