sexta-feira, 23 de novembro de 2012

RS: 70% dos alunos da melhor no Enem são filhos de militares


Incentivo à formação e ao aprimoramento dos professores, infraestrutura, suporte aos alunos e proposta pedagógica bem definida. Apontadas como as principais características do Colégio Militar de Porto Alegre pelo coronel Francis de Oliveira Gonçalves, comandante e diretor da instituição, elas seriam responsáveis por colocá-la, pelo segundo ano consecutivo, no topo do ranking de desempenho entre as escolas do Rio Grande do Sul na edição 2011 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com a nota 660,56. As médias alcançadas por cada escola foram divulgadas na quinta-feira pelo Ministério da Educação (MEC).



O sistema de ingresso na escola ocorre de duas maneiras. Para filhos de militares, a matrícula é assegurada automaticamente - hoje, eles ocupam em torno de 70% das vagas, conforme a direção. As chamadas vagas ociosas são disponibilizadas aos filhos de civis, que podem se candidatar por meio de concurso para ingressar no 6º ano do ensino fundamental ou no 1º ano do ensino médio. As provas testam os conhecimentos dos alunos em matemática e língua portuguesa e são realizadas entre novembro e dezembro de cada ano.

Hoje, os alunos do ensino médio do Colégio Militar têm aulas no turno da manhã, das 7h30 às 12h40, com horas complementares à tarde até duas vezes por semana. Há ainda oferta de reforço, aos quais os estudantes comparecem voluntariamente. Gonçalves antecipa que o Sistema Colégio Militar do Brasil, que gerencia as instituições militares de ensino no País, tem projeto de implantar educação integral nas unidades. Ele observa que, em Salvador (BA) e Santa Maria (RS), onde a carga horária já começou a ser ampliada em algumas turmas, o resultado tem representado melhora no desempenho dos alunos. Em Porto Alegre, a implantação está prevista para 2014 com turmas do 6º ano do ensino fundamental.

Em 2011, 127 alunos (92,7%) do 3º ano do ensino médio do Colégio Militar prestaram o exame, segundo dados do MEC. Para o diretor, o bom resultado é consequência de diversos fatores que ajudam a consolidar o modelo educacional da instituição, integrante da rede federal de ensino. "Primeiramente, nós temos corpo docente com excelente nível", diz Gonçalves. Cerca de 60% dos professores são mestres ou doutores, estima o diretor, e os que não possuem especialização são incentivados a buscar o aperfeiçoamento profissional.

O ensino no Colégio Militar não privilegia apenas a preparação para o Enem. Gonçalves ressalta que o projeto pedagógico busca trabalhar características de diversos concursos e provas às quais os alunos podem se candidatar. Além disso, o modelo de questões aplicadas no exame já é conhecido há algum tempo pelos alunos. "As provas são baseadas na interdisciplinaridade, deixando de lado a decoreba", explica.

Segundo colocado, colégio particular foca na língua portuguesa
Segundo colocado no ranking estadual e líder entre as escolas particulares, o colégio Leonardo da Vinci - Alfa, localizado no bairro Rio Branco, em Porto Alegre, obteve a média de 647,65, com participação de 73,91% dos alunos do terceiro ano. O salto foi de 16 posições: no ano passado, a divulgação dos dados do Enem 2010 apresentavam o colégio em 18º no Rio Grande do Sul. "Não se consegue essa constância de resultados fazendo um trabalho 'rapidinho'. É preciso atender desde a base, de forma concatenada, para ter sinais satisfatórios", observa a diretoria do colégio, Margareth Galant.

Assim como no Colégio Militar, o Leonardo da Vinci - Alfa não oferece um estudo direcionado ao Enem, mas procura trabalhar as mesmas competências cobradas no exame em todas as disciplinas. Nas provas, questões com padrão semelhante são apresentadas aos alunos, que têm a oportunidade de praticar e experienciar a dinâmica do teste. Mas o foco do aprendizado, em todos os anos, é a língua portuguesa.

"Se o aluno aprende a ler e a interpretar, ele transfere isso para qualquer matéria. Tudo precisa de interpretação", diz Margareth. Para os alunos do 3º ano, o estudo da manhã é reforçado com as aulas do curso pré-vestibular oferecidas pelo grupo educacional Unificado, do qual o colégio faz parte. "Estou extremamente contente. É um trabalho contínuo, constante, de base", complementa.

O corpo docente da escola é formado por professores que, na maioria, possuem mestrado ou doutorado. Um levantamento do Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro-RS) mostra que, em 2011, os professores do Leonardo da Vinci - Alfa estavam entre os mais bem pagos entre as instituições de ensino privadas no estado. Para a diretora, não há dúvidas de que essa valorização impulsiona a qualidade do ensino. Ela acredita ainda que essa questão é importante para que haja uma melhoria do desempenho no ensino de outras instituições.

Margareth destaca que qualquer aluno pode estudar no Leonardo da Vinci - Alfa. Para efetuar a matrícula, tanto os pais quanto o estudante participam apenas de uma entrevista. Hoje, o colégio conta com 750 alunos e 85 professores. A mensalidade para o 3º ano do ensino médio é de R$ 1.168,17.

Enem 2011
O desempenho das escolas na edição de 2011 do Enem foi divulgado nesta quinta-feira e pode ser consultado no site do MEC. Segundo o levantamento, das pouco mais de 10 mil escolas analisadas, 47,62% eram privadas. A maior dos estudantes que prestaram o exame (83,86%) tem renda familiar per capita entre um e cinco salários mínimos (de R$ 622,00 a R$ 3,1 mil).

De acordo com o MEC, a média das escolas privadas ficou em 596,2 pontos. Já as escolas da rede pública alcançaram 474,2 pontos. Entre as 100 primeiras colocadas no levantamento, apenas dez são públicas.

Ranking:
Veja onde estão as 50 melhores e as 50 piores escolas do Enem 2010 As falhas do Enem:
Em 2011, de novo, exame não passou no teste. Confira o que deu errado

Hoje, os alunos do ensino médio do Colégio Militar têm aulas no turno da manhã, das 7h30 às 12h40, com horas complementares à tarde até duas vezes por semana. Há ainda oferta de reforço, aos quais os estudantes comparecem voluntariamente. Gonçalves antecipa que o Sistema Colégio Militar do Brasil, que gerencia as instituições militares de ensino no País, tem projeto de implantar educação integral nas unidades. Ele observa que, em Salvador (BA) e Santa Maria (RS), onde a carga horária já começou a ser ampliada em algumas turmas, o resultado tem representado melhora no desempenho dos alunos. Em Porto Alegre, a implantação está prevista para 2014 com turmas do 6º ano do ensino fundamental.

Hoje, os alunos do ensino médio do Colégio Militar têm aulas no turno da manhã, das 7h30 às 12h40, com horas complementares à tarde até duas vezes por semana. Há ainda oferta de reforço, aos quais os estudantes comparecem voluntariamente. Gonçalves antecipa que o Sistema Colégio Militar do Brasil, que gerencia as instituições militares de ensino no País, tem projeto de implantar educação integral nas unidades. Ele observa que, em Salvador (BA) e Santa Maria (RS), onde a carga horária já começou a ser ampliada em algumas turmas, o resultado tem representado melhora no desempenho dos alunos. Em Porto Alegre, a implantação está prevista para 2014 com turmas do 6º ano do ensino fundamental.

Em 2011, 127 alunos (92,7%) do 3º ano do ensino médio do Colégio Militar prestaram o exame, segundo dados do MEC. Para o diretor, o bom resultado é consequência de diversos fatores que ajudam a consolidar o modelo educacional da instituição, integrante da rede federal de ensino. "Primeiramente, nós temos corpo docente com excelente nível", diz Gonçalves. Cerca de 60% dos professores são mestres ou doutores, estima o diretor, e os que não possuem especialização são incentivados a buscar o aperfeiçoamento profissional.

O ensino no Colégio Militar não privilegia apenas a preparação para o Enem. Gonçalves ressalta que o projeto pedagógico busca trabalhar características de diversos concursos e provas às quais os alunos podem se candidatar. Além disso, o modelo de questões aplicadas no exame já é conhecido há algum tempo pelos alunos. "As provas são baseadas na interdisciplinaridade, deixando de lado a decoreba", explica.

Segundo colocado, colégio particular foca na língua portuguesa
Segundo colocado no ranking estadual e líder entre as escolas particulares, o colégio Leonardo da Vinci - Alfa, localizado no bairro Rio Branco, em Porto Alegre, obteve a média de 647,65, com participação de 73,91% dos alunos do terceiro ano. O salto foi de 16 posições: no ano passado, a divulgação dos dados do Enem 2010 apresentavam o colégio em 18º no Rio Grande do Sul. "Não se consegue essa constância de resultados fazendo um trabalho 'rapidinho'. É preciso atender desde a base, de forma concatenada, para ter sinais satisfatórios", observa a diretoria do colégio, Margareth Galant.

Assim como no Colégio Militar, o Leonardo da Vinci - Alfa não oferece um estudo direcionado ao Enem, mas procura trabalhar as mesmas competências cobradas no exame em todas as disciplinas. Nas provas, questões com padrão semelhante são apresentadas aos alunos, que têm a oportunidade de praticar e experienciar a dinâmica do teste. Mas o foco do aprendizado, em todos os anos, é a língua portuguesa.

"Se o aluno aprende a ler e a interpretar, ele transfere isso para qualquer matéria. Tudo precisa de interpretação", diz Margareth. Para os alunos do 3º ano, o estudo da manhã é reforçado com as aulas do curso pré-vestibular oferecidas pelo grupo educacional Unificado, do qual o colégio faz parte. "Estou extremamente contente. É um trabalho contínuo, constante, de base", complementa.

O corpo docente da escola é formado por professores que, na maioria, possuem mestrado ou doutorado. Um levantamento do Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro-RS) mostra que, em 2011, os professores do Leonardo da Vinci - Alfa estavam entre os mais bem pagos entre as instituições de ensino privadas no estado. Para a diretora, não há dúvidas de que essa valorização impulsiona a qualidade do ensino. Ela acredita ainda que essa questão é importante para que haja uma melhoria do desempenho no ensino de outras instituições.

Margareth destaca que qualquer aluno pode estudar no Leonardo da Vinci - Alfa. Para efetuar a matrícula, tanto os pais quanto o estudante participam apenas de uma entrevista. Hoje, o colégio conta com 750 alunos e 85 professores. A mensalidade para o 3º ano do ensino médio é de R$ 1.168,17.

Enem 2011
O desempenho das escolas na edição de 2011 do Enem foi divulgado nesta quinta-feira e pode ser consultado no site do MEC. Segundo o levantamento, das pouco mais de 10 mil escolas analisadas, 47,62% eram privadas. A maior dos estudantes que prestaram o exame (83,86%) tem renda familiar per capita entre um e cinco salários mínimos (de R$ 622,00 a R$ 3,1 mil).

De acordo com o MEC, a média das escolas privadas ficou em 596,2 pontos. Já as escolas da rede pública alcançaram 474,2 pontos. Entre as 100 primeiras colocadas no levantamento, apenas dez são públicas.

Fonte: terra

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