terça-feira, 16 de outubro de 2012

Promotor abre investigação para apurar efetivo da Polícia Militar

Rio Grande do Norte

Promotor abre investigação para apurar efetivo da Polícia Militar no RN
Beethoven acredita que deficiência é maior por causa das aposentadorias. Lei exige contingente de 13 mil PMs, mas efetivo atual não chega a 10 mil.

16/10/2012

Contingente da PM, segundo o Ministério Público, está defasado

Por Rafael Barbosa

Do G1 RN

O promotor do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial no Rio Grande do Norte , Wendell Beethoven Ribeiro Agra, publicou na edição desta terça-feira (16), no Diário Oficial do Estado, a abertura de uma investigação para apurar o déficit no quadro de efetivo na Polícia Militar do estado.
De acordo com as informações coletadas pelo próprio promotor, o número previsto por leis estaduais é de 13.466 policiais militares na ativa. Contudo, em dezembro do ano passado, o total de homens e mulheres nas fileiras da corporação apontava para 9.683 PMs.

Ao G1 , Wendell Beethoven disse acreditar que a deficiência, hoje, é bem maior. “Devido a vários pedidos de aposentadoria”, justificou. Para o promotor, além da realização de um concurso para compor o quadro, seria necessário um planejamento por parte do Governo do Estado para que o efetivo não fique ainda mais defasado nos próximos anos.
"Queremos saber qual é o plano do Governo até o fim desta gestão para resolver este problema", explicou Beethoven. O promotor sugere a realização de concursos periódicos para não permitir a queda no número de policiais.
Beethoven revelou que se reuniu, em Natal , com o secretário adjunto de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), o delegado federal Clidenor Cosme Silva Júnior, para debater a situação da segurança no Rio Grande do Norte. Também estavam na reunião o comandante geral da Polícia Militar no estado, coronel Francisco Araújo Silva, e o delegado geral da Polícia Civil, Fábio Rogério.
Segundo Beethoven, a maior preocupação das duas polícias é o grande número de aposentadorias requisitadas pelos servidores. "Os policiais estão se aposentando e não há nenhuma providência para recompor o efetivo", afirmou o promotor.
O coronel Araújo afirmou que o Governo do Estado está no limite providencial e não pode realizar contratações, mas afirma que aguarda a liberação para a contratação de novos policiais. O comandante também concordou que o número atual de policiais militares é insuficiente.
O secretário adjunto da Sesed, Silva Júnior, disse que a pasta tem plano para realização de concurso, mas está impossibilitada de executá-lo, justamente, em razão do limite providencial do Governo.
Sobre a proposta de concursos periódicos para a composição do efetivo, Silva Júnior também concordou que a medida é interessante para não deixar o quadro deficitário. Porém, ele voltou a alegar a impossibilidade do Estado de realizar novas nomeações.
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