terça-feira, 9 de outubro de 2012
PM suspeito de matar secretário e ferir mais 2 em MT é eleito vereador
Policial foi eleito vereador com 298 votos em Santo Antônio do Leverger. Ele terá que conviver com filha de secretário morto que também foi eleita.
08/10/2012
Por Dhiego Maia
Do G1 MT
O policial militar Marcelo Robson Queiroz Moura foi eleito vereador de Santo Antônio do Leverger , a 35 quilômetros de Cuiabá, pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), com 298 votos. Ele responde na Justiça em liberdade pelo assassinato do secretário de Obras da cidade, Isaías Vieira, e pela tentativa de homicídio contra um bombeiro aposentado e mais um motorista, durante uma reunião partidária realizada no dia 05 de setembro deste ano.
No município, segundo informou o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), a filha do secretário morto, Patrícia Vieira, também do mesmo partido, se elegeu a vereadora mais bem votada da cidade, com 526 votos. Ao G1 , o secretário geral do PDT informou que o caso é mais de cunho pessoal do que partidário e, por isso, não houve nenhuma sanção contra o policial. “A ação não foi contra o partido, foi na rua. Nenhum filiado representou o candidato no Conselho de Ética da cidade. Se tivesse, aí a gente iria se posicionar”, afirmou.
A preocupação agora, segundo informou Silva, é com a atuação dos dois vereadores que terão que representar o partido em discussões na Câmara Municipal. O estranhamento entre os dois ocorreu justamente no dia do crime. Marcelo Queiroz Moura presidia uma reunião que analisava um processo de infidelidade partidária contra Vieira e mais um outro candidato.
Os ânimos se exaltaram quando Isaías Vieira e os correligionários passaram a questionar a legitimidade da reunião que acabou suspensa. Neste momento, o candidato afirmou em depoimento à polícia ter sido agredido e, por conta disso, decidiu efetuar os disparos. As vítimas foram socorridas às pressas e levadas de ambulância para o Pronto-Socorro de Cuiabá. O secretário de Obras, Isaías Vieira, não resistiu aos ferimentos e morreu.
O candidato suspeito de ter efetuado os disparos foi preso em flagrante e encaminhado para o Centro de Formação de Praças (Cefapro) que mantém militares presos provisoriamente. Ele foi solto no dia 18 de setembro por meio de um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso . O suspeito deverá responder pelos crimes na Justiça em liberdade, além de um processo administrativo na Polícia Militar, onde está há 10 anos.
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