quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Ministério Publico conclui que não houve abuso em ação da Rota que matou nove em SP


MP conclui que não houve abuso em ação da Rota que matou nove em SP

Portal Terra

17/10

Homens do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que participaram nesta quarta-feira da reconstituição da ação das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) em Várzea Paulista (SP), ocorrida em setembro, concluíram que não houve abuso dos policiais na operação. Na ocasião, nove pessoas morreram e outras cinco foram presas.

Hoje, os 40 agentes que participaram da operação retornaram à chácara, onde teria acontecido um suposto "tribunal do crime". A reconstituição foi acompanhada pelo diretor da Delegacia Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí e por promotores do MP-SP. A reprodução dos fatos foi feita de acordo com a versão dos policiais, já que os presos pela Rota não estiveram presentes.

A operação

Policiais militares da Rota enfrentaram uma quadrilha na tarde do dia 11 de setembro em Várzea Paulista. No total, nove criminosos foram mortos e cinco foram presos. De acordo com a PM, a ação teve início após uma denúncia anônima que alertava para a ocorrência de um "tribunal do crime" promovido por criminosos, que iriam julgar um suposto estuprador da região. Dez equipes da Rota, com 40 policiais, partiram para a cidade para tentar localizar a chácara ocupada pela quadrilha.

De acordo com os policiais, as equipes se dividiram e, no primeiro confronto, uma pessoa foi presa e duas foram mortas. Numa segunda perseguição, a Rota entrou em confronto novamente e, dos quatro ocupantes de dois veículos, dois foram presos e dois morreram. Ao mesmo tempo, outras equipes da tropa de elite entraram na chácara onde estaria ocorrendo o julgamento. Nesse momento, aproximadamente dez criminosos, ocupando três veículos, conseguiram fugir. Na chácara havia 11 pessoas, sendo sete suspeitos e as quatro testemunhas. Houve novo confronto armado, resultando em cinco mortos e dois presos ilesos. Entre os mortos estava o homem que seria o "réu" do tribunal do crime.

Nessa ação, foram apreendidos cinco veículos, uma metralhadora, duas espingardas calibre 12, sete pistolas, quatro revólveres, uma granada, explosivos (dinamite e outros), 20 kg de maconha e um colete à prova de balas. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foi chamado para realizar a coleta do material. De acordo com a PM, os procedimentos de Polícia Judiciária Militar serão devidamente instaurados.

Fonte: jornal do Brasil

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