sábado, 15 de setembro de 2012
Policiais militares são presos 12 horas depois da manifestação em Manaus
Saulo Borges
portal@d24am.com
Segundo informações da Corregedoria Geral do Sistema de Segurança, mais 28 soldados devem ser detidos nas próximas horas, com base no Código Penal Militar
Manaus – Os policiais militares Thiago dos Santos Pinheiro, de 25 anos, lotado na 23ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom); e Platiny Soares, 20, integrante da 5ª Cicom; foram presos em flagrante na noite desta terça-feira (11) e estão detidos na Corregedoria Geral do Sistema de Segurança, no bairro Flores, zona centro-sul.
Com base nos artigos 161 e 166 do Código Penal Militar, eles são acusados de participar de movimento contra seus superiores e de criticar publicamente o ato de seu superior e assunto voltado para disciplina militar ou resolução do Governo sem licença, respectivamente. A pena varia de dois meses a dois anos de detenção.
Segundo informações da Corregedoria Geral do Sistema de Segurança, mais 28 soldados devem ser detidos nas próximas horas.
Thiago e Platiny participaram da manifestação na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE) na manhã desta terça-feira. Na ocasião, um grupo de aproximadamente 300 PMs foi pedir o apoio dos deputados estaduais para que os soldados formados em maio deste ano tivessem o reajuste do salário de aluno soldado (R$ 1mil) para policiais militares, que recebem, em média, R$ 1.900.
A causa ganhou força na tribuna da ALE com o pronunciamento do deputado Marcelo Ramos, do PSB, que leu uma carta sem assinatura, no qual os policiais reivindicam o aumento salarial. Durante o movimento, o soldado Platiny foi chamado atenção pelo pelo Alcimar Maciel (PR), que também é presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Policia Militar e Corpo de Bombeiros.
O deputado falou ao soldado que há seis anos estava na luta em prol de melhorias para os policiais e teve como resposta que, em todo este tempo, ele não tinha resolvido nada pela policia. Foi o suficiente para o parlamentar ir ao Comando Geral denunciar o policial.
Às 19h30, o soldado Platiny foi acionando pelo comandante da 5ª Cicom, Major Cardoso, que recebeu um telefonema do Coronel Moisés, subcomandante geral da PM. Na ligação, o oficial solicitou que o major apresentasse o soldado no Comando Geral, o que foi feito.
Na sede do Comando Geral, em Petrópolis, zona sul, já estava o soldado Thiago Santos Pinheiro. Os dois policiais foram levados numa viatura para a sede da corregedoria, onde foram presos em flagrante, o que entrou pela madrugada.
O advogado do soldado Platiny, Armando Negrão, disse que entrará com pedido de revogação de prisão em flagrante do cliente dele, o que justificou ser é insustentável.
Já o Major Cardoso questionou a prisao dos soldados, ocorrida 12 horas depois do ato na Assembleia Legislativa. Conforme o oficial, se fosse para prender alguém, deveria ter prendido todos os policiais que estavam participando do movimento uma vez que, no local, tinham outros oficiais da PM.
Sobre os nomes que compõe a lista de policiais que ainda devem ser presos, o major Rhode, disse que a prisão ocorria sob sigilo de Justiça e ele não podia falar sobre o que estava acontecendo.
Fonte: d24am
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