PM de volta às aulas para melhorar treinamento

Militares aprenderão a evitar corrupção e abuso de poder e ainda terão que emagrecer

POR VANIA CUNHA

Rio - A partir de segunda-feira, policiais militares do estado voltarão aos bancos escolares. Quarenta e dois militares serão os primeiros a participar de curso de capacitação para atuar como agentes multiplicadores dentro do programa de Controle de Uso da Força e Armas de Fogo.

Como a coluna "Informe do Dia" antecipou nesta sexta-feira, as mudanças nas instruções dos PMs estão entre série de medidas adotadas pela corporação para enfrentar problemas como corrupção e a violência gerada pelo “uso desproporcional da força”.

Após estudos de casos, a cúpula da PM avaliou a necessidade de fazer algumas mudanças no preparo do policial, para melhorar o desempenho das funções, ter maior controle do uso do armamento e de disparos para evitar vítimas, além de combater os casos de corrupção.

Cada ação será avaliada e estudada, para análise de erros, acertos e busca de aprimoramento do trabalho dos policiais. As aulas serão ministradas por especialistas da própria Polícia Militar, que darão instruções de sete disciplinas, como uso progressivo da força, empregos de armas de fogo e direitos humanos.

Após o curso, todo o aprendizado será repassado pelos agentes multiplicadores dentro de seus batalhões, que deverão adaptar as escalas de serviço para que os policiais recebam o treinamento.

A PM também está criando um Centro de Capacitação Física, para cuidar da saúde e melhorar o condicionamento físico dos policiais. Todas as unidades terão professores de Educação Física.

Outra medida é a reativação do Sistema de Material Bélico, um grande banco de dados que será controlado pelo Estado Maior da corporação, com informações sobre o armamento e seu uso. Os policiais também terão fichas de registros, com dados sobre seu treinamento e habilidade para uso de armas.

Especialistas da Polícia darão instruções de sete disciplinas, como empregos de armas de fogo e direitos humanos | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia

Fonte: o dia