quinta-feira, 16 de agosto de 2012

PR: suposto sequestro foi ação não autorizada de PMs


JOYCE CARVALHO

Direto de Curitiba

A Polícia Militar do Paraná confirmou que o suposto sequestro de três homens na madrugada desta quarta-feira na cidade de Rio Branco do Sul, na região metropolitana de Curitiba, foi uma ação isolada de dois policiais militares. Eles queriam prender os suspeitos de matar o pai deles durante um latrocínio, no mês passado, no município de Castro. Os PMs levaram os três homens para a delegacia, informando de que eram os suspeitos pelo crime.
A primeira notícia divulgada na manhã de hoje era de que os três homens teriam sido sequestrados por um grupo armado. Também foi cogitada a possibilidade do sequestro ter sido uma represália pela morte de outro jovem, de 19 anos, que teria envolvimento com drogas na região e que estava sendo velado na madrugada de hoje.
Um dos policiais que cometeu a ação é um cabo do 20º batalhão da Polícia Militar em Curitiba, enquanto o outro é um sargento aposentado. Os policiais envolvidos no caso não comunicaram a intenção de prender os suspeitos para o comando da corporação, nem para a Polícia Civil.
"Quando os policiais efetuaram a prisão, ligaram para o delegado de Castro, onde foi formalizado o necessário. Os homens foram presos com armas. Mas para fins de flagrante era necessário retornar para Rio Branco do Sul. Somente a partir daí os policiais fizeram a comunicação para a corporação", conta o tenente coronel Maurício Tortato, comandante do 17° Batalhão de Polícia Militar.
A escolta dos presos para a região metropolitana de Curitiba ocorreu com ajuda da PM depois da comunicação. Tortato explica que, pela falta de aviso formal, as famílias registraram o rapto dos três homens, causando a comoção inicial sobre o sequestro.
Os três presos já estão na delegacia de Rio Branco do Sul e foram autuados em flagrante pelo porte ilegal de arma, além de formação de quadrilha. Os três possuem passagem pela polícia por outros crimes, incluindo roubo. Eles teriam envolvimento na morte do jovem de 19 anos.
Os policiais militares foram autuados por abuso de autoridade e lesão corporal. "Eles estavam de folga e, por isto, não caracteriza crime militar. Mas o caso será encaminhado para corregedoria da PM, onde será aberto um processo administrativo disciplinar", explica Tortato. Os dois policiais seriam ouvidos na polícia ainda na noite desta quarta-feira.

Por terra

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