Policiais civis de Pernambuco intensificam ''cumpra-se a lei''

Do NE10

A Operação Cumpra-se a Lei, realizada pelos policiais civis de Pernambuco para reivindicar melhorias nas condições de trabalho, será intensificada a partir desta quinta (23). A decisão foi tomada em assembleia realizada na noite dessa quarta-feira (22). Uma próxima assembleia será realizada no próximo dia 5.

Os policiais só vão às ruas se tiverem garantidas medidas de segurança, como coletes à prova de balas e viaturas com xadrez para conduzir os presos, de acordo com o presidente do Sinpol, sindicato que representa a categoria, Cláudio Marinho.

Outra medida é a exigência da emissão de ordem de serviço pelo delegado para trabalhos externos, além da presença deles no cartório de cada delegacia durante a ouvida de crimes.

MONITORAMENTO - Duas equipes compostas por quatro membros formarão uma comissão de fiscalização do cumprimento da operação. "Vamos visitar os postos de trabalho aleatoriamente, sem aviso prévio", avisou Marinho.

A comissão também vai monitorar o horário de trabalho dos delegados. "Muitos (delegados) chegam atrasados. Exigem que os policiais cheguem nas delegacias às 8h, mas só começam a trabalhar às 9h, 10h. Como podem cobrar uma coisa que não cumprem?", explica o presidente do Sinpol.

GREVE - Os policiais civis do Estado estiveram em greve desde 23 de julho até 8 de agosto para reivindicar reajuste salarial de 65%, adicional noturno, horas-extras, vale-refeição e melhorias de locais de trabalho e equipamentos de segurança, como coletes à prova de bala, entre outras medidas.

A paralisação acabou porque o secretário de Administração, Ricardo Dantas, enviou ofício ao Sinpol argumentando que as negociações com o governo só seriam abertas caso a greve acabasse. Policiais alegaram, ainda, que muitos deles estavam sofrendo ameaças no ambiente de trabalho.

Foto: Sinpol/Divulgação