Agnelo fez depósitos para PM que denunciou esquema, aponta CPI CPI do Cachoeira recebeu extratos bancários de governador do DF. Agnelo, que ofereceu quebra de sigilo, diz que pagou por compra de carro.
Governador Agnelo Queiroz em depoimento à CPI do Cachoeira (Foto: Wilson Dias / Agência Brasil)
Por Iara Lemos
Do G1, em Brasília
Dados bancários do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT) encaminhados à CPI do Cachoeira registram três depósitos de R$ 2,5 mil cada um (total de R$ 7,5 mil) na conta do policial militar João Dias Ferreira, delator do suposto esquema de corrupção no Ministério do Esporte que levou à demissão do ex-ministro Orlando Silva ( veja ao final deste texto reprodução de trecho de documento da CPI ).
Os dados foram encaminhados pelo Banco de Brasília (BRB) à comissão, que investiga as relações do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresários. A abertura do sigilo bancário foi oferecida pelo próprio governador durante depoimento prestado à CPI em junho.
Nota divulgada nesta quinta-feira (23), assinada por Ugo Braga, porta-voz do governo do Distrito Federal, diz que os depósitos são referentes à compra de um carro usado.
"As operações financeiras com o senhor João Dias Ferreira constantes dos dados bancários do governador Agnelo Queiroz dizem respeito à compra de um veículo usado - Honda Civic, modelo 2006/2007. A transação foi feita em fevereiro de 2008, mediante a entrega de 10 cheques nominais pré-datados, mas acabou desfeita pouco mais de dois meses depois, com a devolução do carro e a restituição dos cheques", diz o texto.
Segundo a nota, "a operação é absolutamente legal e o governador Agnelo Queiroz tanto não tem motivo para escondê-la que prontamente ofereceu seu sigilo bancário, assim como o telefônico e o fiscal, à CPMI do Congresso no dia de seu depoimento, em 13 de junho passado".
O autor das denúncias contra o ex-ministro, João Dias Ferreira, foi candidato a deputado distrital em 2006. Ele é suspeito de desviar R$ 2 milhões do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, por meio de entidades esportivas que comandava.
Segundo o senador Álvaro Dias (PR), líder do PSDB no Senado, a suspeita é de que o pagamento tenha sido feito por Agnelo para tentar impedir as denúncias no ministério.
"É uma suposição [que tenha sido para impedir a denúncia]. Ele [governador] teve a oportunidade de falar na CPI e ficou calado. O que ele fez na CPI foi desqualificar o João Dias", disse o senador.
De acordo com Álvaro Dias, o PSDB vai decidir se ingressará com uma representação contra o governador do Distrito Federal.
"Estamos estudando a possibilidade de ingressar com uma representação criminal por crime de corrupção ativa de testemunha. Se a nossa área jurídica entender, vamos ingressar", disse o senador.
Os dados foram encaminhados pelo Banco de Brasília (BRB) à comissão, que investiga as relações do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresários. A abertura do sigilo bancário foi oferecida pelo próprio governador durante depoimento prestado à CPI em junho.
Nota divulgada nesta quinta-feira (23), assinada por Ugo Braga, porta-voz do governo do Distrito Federal, diz que os depósitos são referentes à compra de um carro usado.
"As operações financeiras com o senhor João Dias Ferreira constantes dos dados bancários do governador Agnelo Queiroz dizem respeito à compra de um veículo usado - Honda Civic, modelo 2006/2007. A transação foi feita em fevereiro de 2008, mediante a entrega de 10 cheques nominais pré-datados, mas acabou desfeita pouco mais de dois meses depois, com a devolução do carro e a restituição dos cheques", diz o texto.
Segundo a nota, "a operação é absolutamente legal e o governador Agnelo Queiroz tanto não tem motivo para escondê-la que prontamente ofereceu seu sigilo bancário, assim como o telefônico e o fiscal, à CPMI do Congresso no dia de seu depoimento, em 13 de junho passado".
O autor das denúncias contra o ex-ministro, João Dias Ferreira, foi candidato a deputado distrital em 2006. Ele é suspeito de desviar R$ 2 milhões do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, por meio de entidades esportivas que comandava.
Segundo o senador Álvaro Dias (PR), líder do PSDB no Senado, a suspeita é de que o pagamento tenha sido feito por Agnelo para tentar impedir as denúncias no ministério.
"É uma suposição [que tenha sido para impedir a denúncia]. Ele [governador] teve a oportunidade de falar na CPI e ficou calado. O que ele fez na CPI foi desqualificar o João Dias", disse o senador.
De acordo com Álvaro Dias, o PSDB vai decidir se ingressará com uma representação contra o governador do Distrito Federal.
"Estamos estudando a possibilidade de ingressar com uma representação criminal por crime de corrupção ativa de testemunha. Se a nossa área jurídica entender, vamos ingressar", disse o senador.
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