quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Ex-PM alugava armas para quadrilha

Diário do Nordeste

Ceara

A investigação sobre um crime de morte ocorrido no bairro Parque Jari, em Maracanaú, resultou na descoberta e desarticulação de uma quadrilha de assaltantes que agia em veículos de transporte coletivo.

A carteira falsificada era usada pelo ex-PM. Segundo apurou a Polícia, Wedley de Sousa Lima vinha agindo em parceria com os assaltantes

De acordo com policiais do Serviço Reservado do 14ºBPM (Maracanaú), os bandidos alugavam as armas do ex-soldado da Polícia Militar Wedley de Sousa Lima. Na residência dele, na Rua Pirajuçara, 508, foram encontrados três revólveres, sendo dois de calibre 38 e um 44. Além das armas, foi apreendido um cinturão utilizado por policiais.

Carteira

Além do ex-policial militar, Francisco Everson Silva do Nascimento, 19, mais conhecido por ´Dentinho´; e Robson Queiroz dos Santos, 24, foram presos. Dois adolescentes de 17 anos também foram apreendidos. Wedley de Lima entrou na PM por força de liminar, que posteriormente foi cassada. No dia 22 de novembro do ano passado, foi emitido o Boletim de Exclusão (número 221). Antes de entregar a carteira funcional, o ex-policial tirou uma fotocópia colorida e colou a sua fotografia.

"É uma cópia muito bem feita. Engana qualquer pessoa facilmente", constatou o tenente-coronel João Batista Santos, comandante do 14ºBPM.

O oficial enalteceu o trabalho da equipe da Forca Tática de Apoio (FTA) e do Serviço Reservado nas investigações. "Ele (o ex-PM) fornecia as armas aos outros bandidos. Depois dos roubos, os assaltantes devolviam o armamento e esperavam a ordem para uma nova ação criminosa", frisou.

Os acusados foram levados para o 20º Distrito Policial (Acaracuzinho). As autuações foram por posse ilegal de armas e formação de quadrilha.

Flagrante

Wedley de Lima ainda foi autuado por falsidade ideológica e falsificação de documento público, pois ainda se passava por policial militar.

No momento da condução para a delegacia, Wedley de Lima pediu para ir no banco traseiro da viatura, entretanto, o tenente-coronel João Batista disse que ele iria no xadrez do veículo. "Bandido é pra ir no xadrez da viatura. Ele não tem direito a nenhuma regalia e vai junto com os outros", disse o comandante do 14ºBPM. A Polícia agora vai investigar os assaltos contra coletivos que foram praticados pela quadrilha no Parque Jari e outros bairros de Maracanaú.

FOTO: REPRODUÇÃO

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