sábado, 4 de agosto de 2012
ASSALTO. Choques na língua e nos genitais teriam sido aplicados a acusados de roubo seguido de morte
Documento detalha tortura
Paulo Cerqueira nega acusações cometidas durante prisões
Por: FELIPE FARIAS - REPÓRTER
Choques na língua e nos genitais, sufocamento com sacos na cabeça, ou com “gravatas”, que levavam ao desmaio e mãos inchadas por algemas apertadas – cujas marcas ficaram até hoje. Fora outras mais comuns, como socos e pontapés, em surras demoradas, das quais participavam equipes inteiras de policiais.
As práticas teriam sido aplicadas aos acusados do roubo à agência da Caixa Econômica da Rua do Sol que resultou no assassinato do policial civil Anderson Lima, em novembro de 2009. O crime também vitimou o vigilante Aldersandro Ferreira Silva.
Os relatos estão na denúncia que o Ministério Público Estadual encaminhou à Justiça contra os delegados Paulo Cerqueira e Ana Luiza Nogueira, oito agentes e o médico legista Avelar de Holanda Barbosa Júnior. Ele foi enquadrado por delito de falsa perícia continuada, segundo o MP, por omitir, em seus laudos, as lesões que os acusados do assalto e assassinato apresentavam, quando passaram pelo exame de corpo de delito.
Foi informado que apresentavam “equimose violácea em região escapular direita e esquerda” (manchas decorrentes de hemorragia na região dos ombos e clavícula), enquanto a advogada de um dos acusados e parentes deles relataram ter visto lesões na língua e num dos olhos.
CONFIRA OS DEPOIMENTOS DAS VÍTIMAS
Dada a presença desses familiares da vítima e notadamente face ao desespero daquela criança, os policiais “(...) disseram [à vítima] que não iriam mais bater nela ali porque sua mãe havia chegado, mas, afirmaram que, quando chegassem lá no DEIC, ela iria ver como era apanhar de verdade”
LILIAN KELLE ALVES DE LIMA, QUE TINHA TIDO RELACIONAMENTO COM LIVÂNIO SILVA (PAULISTA), ENVOLVIDO NO CASO
José Adriano revelou, no dia 16 de março de 2011, que a delegada Ana Luiza de Araújo “(...) participou das sessões de tortura a que foi submetido”, tendo ela lhe dado “(...) 2 tapas no rosto (...)”
JOSÉ ADRIANO ERA O TAXISTA DO GRUPO
“Nas duas vezes em que lhe foi facultado o reconhecimento fotográfico das pessoas que lhe torturaram, disse não poder fazê-lo porque “(...) os policiais se encontravam sempre de balaclava [capuz] durante as sessões de tortura, e quando ele (...) podia enxergar, eles [policiais] colocaram spray de pimenta em seus olhos, justamente para impedir que fossem reconhecidos”
TIAGO FRANCISCO DA SILVA, ACUSADO DE TER FEITO O DISPARO QUE MATOU O POLICIAL ANDERSON LIMA
Foto: ARQUIVO GA
Fonte: gazeta de Alagoas
fico indignado como a palavra tem força quando sai de elementos como estes. homicidas,assaltantes,sabe lá mais o que estes mizerÁveis fezeram. mataram dois homens de bem e ainda nao querem sofre nenhuma consequencia. CADEIA É POUCO ! PRINCIPALMENTE COM UMA JUSTICA FALHA DESDA DO BRASIL. A NOSSA JUSTICA NUNCA VAI ENDURECEr! CADE VEZ MAIS O NOSSO PAIS VAI SER DOMIDADO POR BANDIDOS JÁ TA VIRANDO UMA CONSEQUENCIA SEM VOLTA.ACORDEM MEU POVO DÊ VALOR AO QUE REALMENTE TEM VALOR. IMAGINE VOCE NO BANCO NO DIA DO ASSALTO ,SE VC TENTACE ALGO NAO ERA UM CHOQUE QUE VC IA LEVAR E SIM UM TIRO NA CABEÇA. NIGUEM FAZ PROTESTO ,BAIXO ASSINADO ,DENUNCIA OU CARREATA,QUANDO UM CIDADO É ASSASSINADO.
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