segunda-feira, 25 de junho de 2012
Como estão sendo tratados os militares em Portugal, qualquer semelhança sera mera coincidência.
Sargentos e praças entregam a PM protesto contra desigualdades
As associações de sargentos e de praças vão entregar hoje, em S. Bento, um protesto contra os cortes orçamentais, os quais, segundo defendem os responsáveis dos dois órgãos, põem em causa a coesão nacional e revoltam os militares.
«Face a todas as dificuldades que os portugueses em geral estão a enfrentar e a que os militares não são obviamente imunes, entendemos, enquanto associação socioprofissional, levar a efeito esta iniciativa e fazer chegar [uma moção] ao chefe do Governo», explicou à agência Lusa o dirigente da associação de sargentos, Lima Coelho.
De acordo com este responsável, tentar estabelecer um diálogo com o primeiro-ministro é «uma atitude de lealdade» e visa abordar matérias «que concorrem para o bom desempenho das Forças Armadas».
Entre as questões apontadas na moção, referiu o dirigente da associação de praças, contam-se as reduções de remunerações com os cortes dos subsídios de férias e de natal – situação considerada de «duvidosa constitucionalidade» -, o alegado incumprimento do regime de incentivos aos militares em regime de contrato e a necessidade de obter clarificações sobre fundos de pensões, reforma da saúde militar e promoções.
Além disso, acrescentou Luís Reis, as associações pretendem passar a acompanhar as «matérias mais importantes para os militares que estão em processo de elaboração».
Para estes militares – que aprovaram a moção de protesto durante uma concentração em frente ao ministério das Finanças, no final de Maio -, há decisões políticas que estão a pôr «portugueses contra portugueses».
«Quando, ao arrepio da própria Constituição, não se aplicam leis equitativas, proporcionais e que prevejam e defendam o princípio da igualdade, do equilíbrio e da proporcionalidade, está-se a pôr em causa a coesão nacional, a dividir os portugueses e a minar aquilo que é fundamental, que é trabalharmos todos para o mesmo fim», considerou Lima Coelho.
Para estes dirigentes das associações, os militares não podem ficar «de braços estendidos» perante a situação de desigualdade entre sector público e sector privado.
«É muito grave e muito preocupante porque o tal factor da coesão nacional começa aqui a ser ferido», afirmou o dirigente dos sargentos.
A entrega da moção será feita às 17h30 na residência oficial do primeiro-ministro, em S. Bento, Lisboa.
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