sábado, 4 de fevereiro de 2012

A pedido

Amigo Adeilton estou enviando esta matéria, que com certeza auxilia-ra muitos companhairos na compreensão de nossa realidade junto a alguns orgãos de imprensa do Estado. Estou classificando esta matéria de tendenciosa para não ter que usar outros termos, mas gostaria que você publica-se esta analise/crítica a uma reportagem do JC online do dia 24 de janeiro de 2001 que vai servir de alicerce para muitos companheiros que se iludem com alguns orgãos da imprensa pernambucana. Destaco em negrito os pontos que vou comentar:

JC ONLINE DE 24 DE JANEIRO DE 2001

HABEAS-CORPUS

Justiça determina soltura dos 21 policiais grevistas

Câmara de Férias do Tribunal de Justiça de Pernambuco concedeu o alvará de soltura dos policiais militares grevistas por dois votos a um. Os PMs estavam presos em Paratibe desde outubro

Por dois votos a um, a Câmara de Férias do Tribunal de Justiça de Pernambuco concedeu ontem habeas-corpus a 21 policiais militares presos desde o dia 24 de outubro do ano passado, época da última greve da instituição. Como na semana passada três PMS também foram soltos pela Justiça, não há mais nenhum detido por causa do movimento. O alvará de soltura será levado hoje de manhã, por um oficial de Justiça, ao Centro de Reeducação da Polícia Militar (Creed), em Paratibe, Paulista, onde estão os policiais.

Conseguiram o habeas-corpus Alberto Antônio Santos, Amaro Mendes Ferreira Filho, Amaury Gomes da Silva, André Raposo de Santana, Claudemiro Alves Mota, Flávio Vieira da Silveira, Flávio Vieira da Silveira, Iraquitan dos Santos, Iraquitan Martins de Souza, Ivan Dias da Costa, Ivanildo Alves da Silva, Maurício Gonçalves da Costa, Nílton José de Lima, Misael José do Nascimento, Robson Teixeira da Costa, Sérgio Oliveira de Andrade, Lenílson Alves da Costa, Jocelito Barbosa Maciel, José Luís Alves, José Marcos Bezerra da Silva, José Roberto da Silva e Marcelo Queiroz Ribeiro de Melo. Já haviam sido soltos Bener Pessoa, Alexandre Gomes e Artur Ferreira de Souza.

Os 24 PMs foram presos por determinação do secretário de Defesa Social, coronel Iran Pereira. Eles foram detidos durante os tiroteios ocorridos na Avenida Agamenon Magalhães, nas proximidades da secretaria, e na frente do Palácio do Campo das Princesas. Os disparos atingiram Fernando Camilo dos Santos, que trabalhava num ferro-velho perto da Agamenon Magalhães.Todos foram autuados em flagrante, por dano qualificado e tentativa de homicídio, e encaminhados ao Presídio Aníbal Bruno e depois para Creed.

A Câmara de Férias julgou o pedido de habeas-corpus impetrado em favor dos policiais pelos advogados João Alexandre Almeida, da Associação dos Cabos e Soldados da PM, José Siqueira, representante da Ordem dos Advogados do Brasil, e Adalberto Silva, representante dos familiares dos militares. Votaram a favor da liberdade dos policiais os desembargadores Santiago Reis e Macedo Malta. Foi contra o desembargador Márcio Xavier. Os PMs continuam a responder processos na Justiça Militar.
É de uma irresponsabilidade sem tamanho uma pessoa, publicar uma matéria com tamanha leviandade, ferindo o compromisso com a verdade que é um norte para aqueles que trabalham com a mídia. Então vamos aos fatos.
1. Fernando Camilo Figueiredo na época trabalhava em um ferro velho próximo ao posto Zip de combustivel, e foi atingido de raspão no braço por um tiro de fuzil. Agora pergunto os Pms paredistas estavam armados de Fuzil? porquê não foi apreendido nenhum fuzil entre as armas apreendidas? no sua ouvida(consta dos autos do processo da greve de 2000) o senhor Fernando foi taxativo quando afirmou estar do mesmo lado da Agamenon que estavam os pms grevistas e que o tiro partiu dos pms que chagaram em viaturas(lado oposto). Quem estava nas viaturas? os grevistas? os grevistas estavam em motocicletas. Para maiores esclarecimentos a uns 5 anos atrás o sr Fernando foi indenizado pela justiça pernambucana, condenando o ESTADO a pagar-lhe 80.000 reais em idenizações por danos morais e físicos sofridos por Fernando a época. Pois é.
2. A denúncia contra os 24 pms presos à epoca foi oferecida 1 mês depois da autoação em flagrante(consta nos autos), mas o nobre reporter e juiz 'free lance' denunciou os 24 Pms por "dano qualificado e tentativa de homicídio". Na denúncia da promotoria constava os crimes MILITARES de: depredação de patrimonio público, agressão contra superior hierárquico (ambas estas denúncias foram desconsideradas por falta de fundamentos e provas), motin e revolta. Estas duas ultimas foram as que levaram os 24 pms a condenação anos mais tarde, (e que com o advindo da lei de anistia nº 12.190 os crimes de motim e revolta foram arquivados em 2012). Mas o reporter, promotor de justiça nas horas vagas, fez acusações de "tentativa de homicídio", que nem no mais viajado sonho de um garoto de Woodstock constaria naqueles autos, como de fato nunca constou.
Que este episódio sirva para que os amigos e sociedade civil sejam mais críticos ao lerem ou tomarem conhecimento de fatos pela mídia, para que absurdos como este não se repitam, hoje graças ao Adeilton temos um espaço para tirar o silêncio imposto a nós pela mordaça da mídia canalha e tendenciosa e temos fé que um dia todos saberam a verdade abafada acerca daquele movimento paredista de 2000. Um abraço a todos!
link original:
também segue foto do guidão de uma moto com tiro de fuzil dado no sentido da retaguarda
Exiba Foto1745[1].jpg na apresentação de slides
 

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