Policiais militares e bombeiros que decretaram greve em assembleia na tarde desta terça-feira  (31), estão ocupando a sede da Assembleia Legislativa em Salvador, no  Centro Administrativa da Bahia (CAB). 
 De acordo com o diretor jurídico da Associação de Policiais e  Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra), Fábio Brito, os PMs devem permanecer no  local até que sejam recebidos pelo governador Jaques Wagner ou alguém que o  represente. 
 A categoria deve permanecer no local por tempo indeterminado  e, a depender do que seja negociado hoje à noite, os policiais devem votar, em  assembleia, pela suspensão ou manutenção da paralisação. 
Em assembleia nesta tarde, associação decretou greve por tempo indeterminado
Ainda de acordo com Fábio Brito, a Aspra, que atua em âmbito  nacional, tentou negociar apoio das Asssociações de Oficiais da Polícia Militar,  de Soldados e Cabos e de Tenentes e Sargentos, mas elas não aderiram à proposta  de greve. "Temos cerca de dois mil associados, mas integrantes de outras  associações participaram da assembleia, que contou com cerca de 10 mil agentes",  explicou. O número é contestado pelo Comando da PM. 
 Comando nega greve
Apesar da decisão tomada pela Aspra, a assessoria do comando da PM não reconhece a greve e diz que o órgão funciona normalmente, mesmo com o indicativo de paralisação. O diretor de comunicação da PM Gilson Santiago disse que todas as unidades estão funcionando normalmente e que os PMs que trabalham à noite já estão assumindo seus postos.
Ontem, o comando da PM assegurou em nota que as negociações continuavam e os  serviços da Polícia Militar seguiam de forma normal. Assinada pelo  comandante-geral da PM, Alfredo Braga de Castro, a nota diz que a instituição  tem confiança no governo, que conta com "responsabilidade e compromisso da tropa  de garantir a paz dos seus familiares, amigos e a sociedade como um todo". 
 Com motos e carros, policiais saíram em direção ao CAB para entregar reivindicações
Reivindicações
Os policiais reivindicam o cumprimento da lei 7.145 de 1997, com pagamento imediato da GAP V, incorporação da GAP V ao soldo, regulamentação do pagamento de auxílio acidente, periculosidade e insalubridade, cumprimento da lei da anistia e a criação do código de ética, além da criação de uma comissão para discutir um plano de carreira para a categoria.
Os policiais e bombeiros reclamam que mesmo algumas questões  já regulamentas pela lei não são cumpridas pelo estado. Durante a assembleia, um  dos cartazes levados pelos PM dizia que o governo Wagner foi uma "traição" com a  categoria. "Esse foi o governo em que mais morreram PMs", diz. Segundo a Aspra,  a Rondesp já não está trabalhando e algumas companhias, como a 14ª CIPM  (Lobato), também cruzam os braços. Já em Ilhéus e Feira de Santana os  comandantes garantiram que não haverá greve, segundo a TV Bahia. 
Fonte: Correio da Bahia


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