sábado, 24 de dezembro de 2011

A onda agora é fuzil amigo e os coletes do Brasil não suportam fuzil! Quanto vale a proteção da sua vida R$ 380,00 ou R$ 1.800,00? Nenhum dos dois valores, mas o de R$ 1.800,00 deixaria você mais protegido.

Maioria dos coletes da polícia não aguenta fuzil

Só nesse ano, as autoridades de São Paulo apreenderam 77 dessas armas e sinal de alerta foi ligado


Plinio Delphino
pliniod@diariosp.com.br


Em março, a polícia de Cajamar apreendeu 19 fuzis e 5 mil munições
Em março, a polícia de Cajamar apreendeu 19 fuzis e 5 mil munições
A polícia de São Paulo costuma usar, na grande maioria do seu efetivo, coletes à prova de balas de nível 2, que gera proteção contra tiros de calibre 357 e de 9mm com munições especiais. Mas, a característica do crime em São Paulo e o poder bélico das quadrilhas trazem nova preocupação aos policiais. Em 2011 já foram apreendidos 77 fuzis em São Paulo, armamento com poder destrutivo muito superior aos convencionais. E há informações de que o crime organizado tem outras dezenas para alugar aos bandos de assaltantes de banco e de carga.


Para suportar o impacto de um tiro de fuzil, cuja velocidade média de saída da munição é de 800 metros por segundo somente um colete à prova de balas especial, com reforço de placas de argila específica e camadas sobrepostas de tecido sintético ultra-resistente, como a aramida . “Os grandes problemas desse tipo de proteção são o preço e a restrição da mobilidade do usuário”, explicou Daniel Vicente, de 35 anos, dono da empresa paulista Safeside Coletes Balísticos.


Para a Polícia Militar de São Paulo, por exemplo, um colete nível 2 sai, segundo ele, a R$ 380 cada. “Um colete de nível 3, que suporta munição de fuzil, custa R$ 1.800 a unidade. É preciso haver análise de riscos e quais equipes precisam usar essa proteção. Mesmo porque o peso do colete é de cerca de 5 quilos, o que torna difícil o seu uso”, explicou.


Para o deputado estadual Major Sérgio Olímpio, todos os policiais que estão no policiamento ostensivo de área, Força Tática e Rota estão expostos. “O arsenal dos marginais é muito superior ao da polícia. É uma preocupação permanente. Se esses homens do ostensivo levarem impacto de fuzil com coletes convencionais, é como estar de camiseta”, explicou. “Temos uma guerrilha urbana e os marginais se armando, sim. E traficando armas facilmente pelas nossas devastadas fronteiras secas. Há informações de que no Rio de Janeiro um fuzil vale US$ 30 mil”, disse.


O fabricante de coletes Daniel Vicente afirma que a indústria das armas está sempre à frente da de proteção. “Mas hoje temos as fibras têxteis que são tecnologia de primeira”, garante. O Exército precisa autorizar a fabricação de coletes e fazer avaliação técnica. O controle é rigoroso.


Deputado recebeu denúncias de que faltaram coletes à PM
O deputado estadual Major Sérgio Olímpio afirma que recebeu várias denúncias de policiais em seu gabinete dizendo que havia falta do equipamento. “Recebi informação do comando de que houve problema com um lote de 15 mil coletes”, explicou.


Em nota, a Polícia Militar disse que “que todos os seus policiais possuem colete balístico, cujo nível de proteção é suficientemente seguro para os calibres de armamento que hoje são encontrados durante o policiamento ostensivo. O Comando da PM sempre preocupado com a proteção do seu bem maior que é o policial militar, investe cada vez mais na inteligência policial, que é uma das ferramentas mais importantes no combate à criminalidade”.


Na noite do dia 7, o major Sandro Moretti Silva Andrade, de 46 anos, subcomandante do 1 Batalhão, intercedeu em uma negociação de assalto com oito reféns. Estava sem colete. Levou tiro no braço, que perfurou e atingiu seu tórax. Ele morreu e o soldado César Aurélio Cavalcanti foi atingido na barriga. A PM apura se o colete do soldado estava em perfeito estado ou falhou.


Umidade é problema para o equipamento

A vida útil da aramida (material do colete mais comercializado) é de 10 anos. A garantia, porém, é de 5 anos. Se exposta a suor, umidade, o material pode começar a apresentar problemas.


150.000
é a estimativa de coletes vendidos ao ano no país


Cinegrafista da Band não teve chance

O cinegrafista da TV Bandeirantes Gelson Domingos, morto em novembro com tiro de fuzil de um traficante em confronto com a polícia, na favela de Antares (RJ), usava colete, que foi totalmente perfurado porque não era especial para aquele tipo de ação.


Soldado enfrentou arsenal de guerra

O soldado Aílton Tadeu Lamas também usava colete balístico ao tentar capturar membros de uma quadrilha de ladrões de banco na Zona Norte. Foi atravessado por tiros de fuzil e morreu em 2008.

Fonte: Bom Dia

Um comentário:

  1. Quem ganha um risco de vida maior não vai para rua, só aqueles que não ganham risco de vida ou um valor muito ridículo.

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