terça-feira, 8 de novembro de 2011

Tá na folga tem direito. O Bico já foi legalizado por vários governos estaduais, inclusive pelo de São Paulo

PM vende segurança em São Paulo por R$ 20 mil




Sargento encarregado por setor administrativo do batalhão que patrulha Morumbi escala PMs para segurança



Segurança privada ilegal sendo prestada nas ruas do bairro de luxo, em São Paulo






Segurança privada ilegal sendo prestada nas ruas do bairro de luxo, em São Paulo


PM vende segurança em São Paulo por R$ 20 mil.


Sargento encarregado por setor administrativo do batalhão que patrulha Morumbi escala PMs para segurançaTHAÍS NUNES

thais.nunes@diariosp.com.br

Não é de hoje que a violência faz parte da rotina de quem vive no Morumbi, na Zona Oeste. Em um dos bairros mais nobres da cidade, um sargento da Polícia Militar é apontado como responsável por cobrar R$ 20 mil por mês para garantir a segurança da área. O esquema ilícito acontece há quatro anos e fez com que policiais militares arrecadassem pelo menos R$ 700 mil reais dos moradores, que se renderam ao serviço ilegal após sofrerem com recorrentes ataques de criminosos.


Nos últimos anos, a Rua Dr. José Carlos de Toledo Piza ficou conhecida como “a rua do medo”, devido à falta de iluminação e rotina de assaltos à mão armada e sequestros relâmpagos. Nem mesmo o alto índice de violência fez com que o patrulhamento na área fosse reforçado e moradores de cinco condomínios de luxo contam que se viram obrigados a contratar seguranças particulares.


O serviço privado foi oferecido pelo sargento Vagner Figueiredo, atual encarregado por toda a parte administrativa da 5ª Companhia do 16º Batalhão (responsável pelo policiamento do bairro). Segundo moradores ouvidos pelo DIÁRIO, é ele que escala os quatro policiais militares que fazem a segurança da rua 24 horas por dia, durante toda a semana. Esses homens trabalham armados, à paisana e em carros particulares. Ganham R$ 1.600 por mês.


Os condôminos assumem que a sensação de insegurança diminuiu com a contratação dos PMs, mas se dizem reféns do serviço. “Fico indignado, mas sou obrigado a pagar”, revelou o síndico de um dos prédios. “Fica aquela sensação de ser lesado. É um dinheiro que poderia ser usado em outras coisas no condomínio e muitos rebolam para pagar”, desabafa o síndico de outro prédio. Por questões de segurança, seus nomes serão preservados.


O zelador de um dos condomínios vigiados afirma que o sargento só aparece no local uma vez por mês, quando o dinheiro é pago. Em todos os prédios, o valor destinado à segurança privada está registrado em ata, já que o rateio foi feito após decisão em assembleia.


Os moradores revelaram que Figueiredo propôs estender o “patrulhamento” até o final da rua, por mais R$ 20 mil por mês. “Ninguém quer pagar. Estão muito revoltados, mas só nesse mês duas mulheres foram roubadas na esquina”, disse o zelador.


Na quinta-feira passada, Figueiredo recebeu a reportagem no batalhão onde trabalha e se apresentou como o responsável por todas as estatísticas criminais que servem como base para a Polícia Militar destinar as viaturas para o patrulhamento. No dia, o sargento garantiu que a violência na “rua do medo” é zero

Fonte: Rede Bom Dia

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