segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Policial militar atira na mulher, acerta colega e se mata


Segundo um amigo do casal, eles estavam em processo de separação; os dois teriam dois filhos



Cristiano Machado
Betânia
Fachada do conjunto residencial onde o policial militar se matou
Fim de noite de quarta-feira (3) trágico na Rua Úrsula Paulino, no Bairro Betânia, Região Oeste de Belo Horizonte. Em um apartamento do conjunto residencial número 721, um militar atirou na esposa, também policial, chegou a acertar um colega e depois se matou. Segundo conhecidos do casal, o cabo Henrique Nelson da Costa, 44 anos, lotado no canil (Rondas Ostensivas Com Cães - Rocca) da PM, e a sargento Débora Cristina Alves Rodrigues, 42, do Comando de Policiamento Especializado (CPE), estavam em processo de separação. Na quarta-feira a noite, os dois tiveram uma violenta discussão e, inconformado com o término do relacionamento, o militar teria partido pra cima da mulher. O filho de 18 anos do casal teria entrado na briga e evitado que o pai agredisse a mãe. Em seguida, o jovem deixou o apartamento para sair do prédio com ela. O cabo pegou a arma dentro de um cômodo e atirou na própria esposa no corredor. Ela foi atingida no abdômen, no braço direito e na região lombar. Um vizinho do casal, também militar, teria ouvido a briga e tentado evitar o crime. Ele, informou a polícia, foi atingido de raspão na barriga, rapidamente medicado e liberado. Após os disparos, Costa atirou contra si próprio e morreu no local. A sargento foi levada pelo vizinho ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, onde passou pela cirurgia na manhã desta quinta-feira. Ela estava consciente, mas, ainda de acordo com a polícia, teve o intestino atingido. A assessoria do HPS, no entanto, não confirma a informação e afirma que a militar não corre riscos. Tristeza Segundo os militares, o jovem estava com a mãe no corredor do prédio no momento do crime. Ele ficou muito abalado e está com parentes, juntamente com o irmão mais novo. Uma equipe do CPE visitou a colega no HPS durante a manhã. "Ela era só sorriso, super querida. Todo o setor ficou muito abatido com a notícia. Só para ter ideia, nosso comandante (tenente-coronel Carvalho) está de férias e pediu para que fosse feito de tudo e mais um pouco para auxiliá-la", afirmou o cabo Roberto Ribeiro, colega da sargento. Além de Ribeiro, um tenente, chefe imediato de Débora, e um médico da PM estavam no pronto-socorro. Eles trataram sobre a possível transferência da colega, o enterro de Costa e um acompanhamento psicológico para os filhos do casal. Ribeiro disse também que o cabo da Roca era muito ciumento. "Ela é muito bonita e se dá bem com todo mundo, muito simpática. Ele frequentemente ficava nervoso com o jeito dela", completou. Visivelmente emocionado, o sargento Avelino, da 4ª Companhia da Polícia Militar, não acreditava na tragédia. "Conhecia Henrique desde criança. Os dois moravam no Bairro Alvo Vera Cruz, onde eram meus vizinhos e se mudaram há menos de um ano", disse. Segundo o sargento, o conhecido de infância nunca apresentou sinais de violência. "Foi uma tragédia mesmo. A gente não se mete em relacionamento dos outros, mas eu sabia que eles estavam se separando. Ele deixou dois filhos, um com cerca de 9 e outro de 18 anos", lamentou. Em nota, a PM informou que o IML constatou que o militar foi morto com um tiro na nuca e que será aberto um processo administrativo. A corporação completou que somente se manifestará ao término das investigações. Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/minas/policial-militar-atira-na-mulher-acerta-colega-e-se-mata-1.320468

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