domingo, 31 de julho de 2011

Falta de sorte: Coronel da Polícia Militar flagra clandestino no aeroporto Apesar da fiscalização, clandestinos continuam a atuar no aeroporto

Redação CORREIO | Laís Vita
laís.vita@redebahia.com.br

Muitos são religiosos. Alguns acreditam em destino. Outros, que a vida é dividida simplesmente entre dias de sorte e azar. Se é mesmo assim, então os taxistas clandestinos que atuam no aeroporto de Salvador atravessam uma maré negativa daquelas. É que, dentre as cerca de 40 mil pessoas que circulam pelo terminal de passageiros diariamente, no quinto aeroporto mais movimentado do país, o alvo escolhido para a abordagem foi ninguém menos que o comandante da Polícia Militar baiana, coronel Alfredo Castro.

“O comandante estava desembarcando quando um dos clandestinos ofereceu um táxi. Ele desconfiou da irregularidade e chamou a polícia e os agentes da Transalvador, que apreenderam o veículo”, contou o taxista Reginald Cohim Farias. Diante do flagrante, ocorrido na sexta-feira, o infrator apresentou uma autorização do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), mas, de acordo com a Polícia Militar, esse documento não permite que seja ofertado o serviço de táxi, mas apenas city tours com veículos próprios para esse fim.

“Esse documento autoriza o transporte de turistas, mas nós, taxistas oficiais, temos a carteira da Gerência de Táxi e Transportes Especiais (Getax)”, explicou o taxista Raimundo Pio. Segundo a assessoria da Polícia Militar, o comandante chegava da cidade de Ilhéus quando houve a abordagem. “É necessário que haja a oferta para que se concretize a infração.

Dentro dessa perspectiva, orientamos que, assim como o coronel, as pessoas denunciem esse tipo de transporte”, alertou o capitão da Polícia Militar, Marcelo Pitta. O veículo Meriva prata, do proprietário Marcos Francisco da Silva e placa JSH 3415, foi rebocado para o pátio da Superintendência de Trânsito e Transportes do Salvador (Transalvador), nos Barris.

“O motorista chegou aqui botando banca, dizendo que era tudo mentira, que não tinha oferecido nada ao coronel e que ia entrar na Justiça pra pedir a filmagem do local”, contou um funcionário da Transalvador, que preferiu não se identificar. Também na sexta-feira, um outro veículo foi apreendido no aeroporto de Salvador devido à prática de táxi clandestino. O Siena cinza, do proprietário Diego Reis dos Santos e placa JPY 3296, também foi levado ao pátio da Transalvador.

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