sábado, 4 de junho de 2011

Dilma lança Operação Defesa da Vida.

Governo anuncia operação militar após mortes no Norte
Marcos Gomes da Silva, que morava no mesmo assentamento de casal extrativista do Pará, foi morto a tiros por dois homens encapuzados
 
O agricultor Marcos Gomes da Silva, 33 anos, foi assassinado a tiros, diante da mulher e de outras três testemunhas, por dois homens encapuzados na zona rural de Eldorado dos Carajás. Silva teve a orelha decepada após o crime, da mesma forma que o líder extrativista José Cláudio Ribeiro da Silva, morto há duas semanas, juntamente com sua mulher, Maria do Espírito Santo. A notícia do assassinato, o quinto na região amazônica em duas semanas, chegou ao governo na tarde desta quinta-feira, 2, e levou a presidente Dilma Rousseff a convocar uma reunião com governadores da Região Norte e a anunciar uma ação militar de emergência, batizada de Operação de Defesa da Vida.

O superintendente da Polícia Civil em Marabá, delegado Alberto Teixeira, afirmou que a vítima não tinha inimigos nem era um líder da comunidade, que reivindica ser assentada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. "Pode ter sido um assassinato aleatório para atrapalhar as investigações sobre o crime ocorrido em Nova Ipixuna", disse o delegado, referindo-se à morte do casal de extrativistas do Pará. Segundo ele, não há evidências de que o assassinato do agricultor tenha sido resultado de conflitos por terras.
TragédiaA agonia de Gomes da Silva começou na tarde de quarta-feira, 1º, quando ele construía uma ponte sobre um córrego perto do local onde morava com a família. Dois encapuzados chegaram atirando. Atingido no abdome, ele saltou no rio e se escondeu no matagal, segundo Djesus Martins de Araújo, coordenador do acampamento.

Após a saída dos agressores do local, o agricultor procurou ajuda na casa de um vizinho. Eram cerca de 16h, e somente cinco horas depois os acampados conseguiram um carro para transportá-lo até Eldorado dos Carajás - cidade que foi palco de um massacre de 19 sem-terra em 1996.

No caminho, porém, os acampados tiveram de parar, pois a estrada estava bloqueada com estacas. Os encapuzados surgiram, retiraram Gomes da Silva à força do carro e atiraram. Os acompanhantes, sob a mira de uma pistola e de uma espingarda, deram meia volta.

Somente no dia seguinte os agricultores puderam resgatar o corpo e avisar a polícia, já que não há telefone no acampamento. Depois de resgatar o corpo, a polícia o transportou até Marabá, onde as testemunhas prestaram depoimento. Além da orelha decepada, Gomes da Silva teve ferimentos no pescoço que, em um primeiro momento, a polícia interpretou como uma tentativa de degola. Mais tarde, o delegado Teixeira disse que os cortes poderiam ter sido provocados pelos próprios tiros.
 

Um comentário:

  1. Finalmente o Governo, começa a encarar a realidade, da guerra que a cada semana, uma pessoa ou mais morre devido aos conflitos envolvendo questões de terra ou sobre o desmatamento ilegal, de um lado ambientalistas preocupados em salvar a floresta e a vida na terra, do outro lado pessoas que querem o lucro rápido sem se importar se daqui há 5 anos esta terra estará improdutiva, solo seco, falta de água, calor insuportável, que se dane o mundo como diz a música, mas e os filhos dos ricos madeireiros, os netos e bisnetos onde viverão em marte??? Sim a Polícia Federal e até o Exército se for preciso devem intervir para impor a lei. mas o mais importante e punir os responsáveis no rigor da lei, sem beneficiar com hábeas corpus ou regime se-aberto dando corda para ficarem impunes, desta forma incentivando a continuação da morte de inocentes e salvadores do planeta e da vida de milhões de Brasileiros, pois já foi mais que provado que a floresta preserva a água e a estabilidade do clima no planeta. Acordem antes que seja tarde. Parabéns a todos que se empenham em favor da vida e da sustentabilidade consciente e renovável.

    ResponderExcluir

O autor desse Blog não se responsabiliza pelos comentários aqui postado. Sendo de inteira responsabilidade da pessoa que o fez as consequências do mesmo.