sexta-feira, 20 de maio de 2011

PM garante apoio e Sinpol mantém reivindicações

O Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (Sinpol) garantiu que a relação entre os agentes e os membros da Polícia Militar é de harmonia. Durante entrevista coletiva realizada na manhã desta sexta-feira (20), o Sinpol voltou a explicar as declarações da presidente do sindicato, Vilma Marinho, que garantiu a resistência dos policiais civis até de forma violenta caso houvesse a tentativa da PM de retirá-los da manifestação realizada na quinta-feira (19), em frente à Governadoria. A PM vai assumir algumas atividades nas delegacias.
Adriano AbreuSinpol e representantes da PM garantem armonia entre os policiaisSinpol e representantes da PM garantem armonia entre os policiais

Durante a reunião, que ocorreu na sede do Sinpol, a vereadora Sargento Regina (PDT) e o presidente da associação dos Subtenentes da PM, Sargento Eliabe Marques, também participaram e garantiram que a presença era uma forma de demonstrar que as duas entidades estão unidas e que os policiais militares apoiam a reivindicação dos civis, que estão em greve.

A presidente do Sinpol, Vilma Marinho, afirmou que as imagens divulgadas no YouTube foram editadas e expostas fora de contexto. Segundo a sindicalista, o posicionamento da Polícia Civil era o de permanecer realizando a manifestação pacífica, mas garantir que não admitiriam a utilização de força para que os agentes fossem retirados. Para Vilma Marinho, a edição do vídeo foi uma tentativa de jogar uma polícia contra a outra.

Através de nota, a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar reafirmou apoio aos policiais civis e confirmou que os policiais militares, que já estão realizando procedimentos, como emissão de boletins de ocorrência, vão permanecer em algumas delegacias.


Confira a nota:
Natal, 20 de maio de 2011 - A Associação de Cabos e Soldados da PM/RN tem acompanhado a greve da polícia civil do Rio Grande do Norte. E na condição de operadores de segurança pública sabemos da importância que representamos para a segurança pública e a necessidade de mais atenção do poder público com nossas condições salariais e de trabalho.

Também sentimos na pele o descaso histórico dos governos estaduais com a segurança pública e, em específico, com os profissionais de segurança. Nossas dificuldades enquanto profissionais são as mesmas: presos nas unidades policiais da capital e do interior, alimentação precária ou inexistente, falta de efetivo, legislações arcaicas, ingerência política principalmente nas pequenas cidades do interior do Estado, entre outras.

No caso específico da Polícia Militar ainda amargamos uma carga horária excessiva e desumana de 240h/mês; ausência de plano de carreira existindo policiais, soldados e cabos, com 25 a 30 anos de serviço sem ascensão profissional e salários defasados. No interior do Estado a situação se agrava, na cidade de Mossoró, por exemplo, só existem seis viaturas com apenas dois policiais em cada uma realizando a segurança de aproximadamente 400 mil habitantes da cidade.

Outra particularidade da PM é o desvio de função, os policiais militares (praças em sua maioria) realizam as funções de policiais civis na maioria dos municípios do Rio Grande do Norte e também realizam as funções de agentes penitenciários nos CDP’s e unidades prisionais de forma ilegal e informal, além do trabalho de segurança no interior dos presídios, escolta e guarda de preso em hospitais. No entanto, a Polícia Militar é a instituição menos favorecida seja na estrutura de trabalho, seja nos salários. Enquanto os policiais civis recebem aproximadamente R$ 3.200 e os agentes penitenciários aproximadamente R$ 2.300, os policiais militares recebem R$ 1.800.

As entidades dos Praças estão desde o início do ano aguardando respostas para a implantação do subsídio, reformulação do Estatuto e criação do Código de Ética. Mas apesar de todas as propostas estarem prontas e aprovadas pelos policiais militares, tanto oficias como praças, não vemos nenhum sinal de que serão acatadas pelo governo estadual.

Em relação a um possível enfrentamento do BOPE e policiais civis mobilizados, por convocação do governo do estado, para conter as manifestações, a entidade não concorda, pois o direito de mobilização dos policiais civis é democrático e constitucional, diferentemente dos policiais militares que não podem se mobilizar dessa forma.

Reafirmamos o nosso apoio e desejamos que em breve os policiais civis vejam cumpridas as suas reivindicações.


Fonte: Tribuna do Norte http://tribunadonorte.com.br/noticia/pm-garante-apoio-e-sinpol-mantem-reivindicacoes/181966

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