sexta-feira, 13 de maio de 2011

Militares rebatem nota de repúdio da SDS e dizem que não são vândalos

POR: Eduardo Cardeal



Taxados de vândalos pelo deputado estadual Antônio Albuquerque e pelo Secretário de Defesa Social de Alagoas (SDS), coronel Dário César, o presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), major Wellington Fragoso, o sargento Theobaldo Almeida, presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (Assmal) e o cabo PM Wagner Simas, presidente da Aspra, concederam entrevista coletiva no Clube dos Sargentos, na tarde desta quinta-feira (12), quando rebateram a nota de repúdio divulgada pela SDS e apresentaram um balanço das 48 horas de mobilização, chamada elos militares de desarquartelamento.
Fragoso afirmou que os militares não são vândalos e estão apenas chateados com a desvalorização. “Estamos chateados com a desvalorização, com os baixos salários e, enquanto isso nós temos apenas um reajuste de 5,91%, os deputados aprovam um reajuste de 108%. Os deputados estão brincando com os servidores”, desabafou.
O major disse ainda que a paralisação dos militares é a maior prova que a segurança pública de Alagoas está um caos.
Os militares exigem dignidade e denunciam que é inadmissível uma mídia na TV dizendo que a segurança está mil maravilhas.
Às 19 horas da quinta-feira foi encerrado o prazo de 48 horas do desarquartelamento, mas, nesta sexta-feira (13), os militares voltam a se reunir na Praça Deodoro, no Centro de Maceió, onde será colocado para a categoria alguns encaminhamentos para a Assembleia decidir sobre o futuro do movimento.
Um dos pontos que será colocado para a categoria decidir é sobre a falta de segurança no amistoso internacional envolvendo a Seleção Brasileira de Futebol Feminino contra o selecionado do Chile.
“Iremos decidir vários pontos nesta sexta-feira. Além da situação desse jogo, nós não descartamos a possibilidade de uma paralisação geral. Tudo será decidido na Assembleia desta sexta”, garantiu o major Fragoso.
Em relação à proposta feita pelo governo através do secretário de Gestão Pública, Afrânio Lajes, elevando o reajuste dos salários dos servidores de 5,91% para 7%, o oficial disse que a proposta é um acinte a categoria e que nenhum militar vai aceitar.
Ainda nesta sexta-feira o governo estadual deve anunciar uma outra proposta a fim de evitar um possível aquartelamento de toda a tropa que fará a sua assembléia com apoio de policiais civis, que estão em greve, agentes penitenciários e trabalhadores da área da educação.

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