terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Delegado é preso em ação da polícia

Policial nega integrar grupo que legalizava veículos roubados


BALNEÁRIO CAMBORIÚ - Uma quadrilha que adulterava documentos para legalizar caminhões roubados foi desarticulada pela Polícia Civil. Dezesseis mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão foram cumpridos ontem em nove cidades catarinenses. São suspeitos de integrar a quadrilha um delegado, dois policiais e um perito do Instituto Geral de Perícias. Eles estão presos.

Os caminhões eram receptados pela quadrilha, que emitia laudos, vistorias e ofícios fraudulentos para legalizar os veículos roubados. Um homem preso em Indaial e outro detido no Oeste serão levados hoje para a sede da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) na Capital.

A ação é diferente da clonagem de veículos justamente pela participação de agentes públicos. A presença de oficiais de polícia foi fundamental para que o esquema, que começou em 2008, desse certo. A investigação começou este ano.

O diretor do Instituto de Criminalística, André de Farias, lamentou a presença de agentes públicos na quadrilha:

– É uma tristeza ver funcionários nossos envolvidos. Temos de cortar na própria carne e esperamos que os responsáveis sofram as consequências pelos atos que cometeram.

O delegado Gilberto Cervi, que exercia a função há 30 anos, foi preso na casa onde morava em Balneário Camboriú.

– Ele recuperava os veículos e era responsável por fazer o termo de entrega e solicitar as baixas dos caminhões – explica o delegado Alexandre Carvalho de Oliveira, da Divisão de Furtos e Roubos da Deic.

Dos três caminhões apreendidos, um estava no Paraná, outro aqui no estado e o terceiro em São Paulo, com uma tonelada de maconha.

Os policiais indiciados seguem como empregados públicos até que o processo, que corre em segredo de Justiça, seja encerrado. Segundo a polícia, a operação foi batizada de Mandrake, pois faz referência à ‘mágica’ que a quadrilha fazia para legalizar os veículos furtados.

pedro.santos@diario.com.br
PEDRO SANTOS
CONTRAPONTO
O que diz o delegado Gilberto Cervi:
Ao ser preso, o delegado disse desconhecer o motivo da prisão e negou envolvimento no crime.

Fonte: Jornal de Santa Catarina http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,784,3141106,16086

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