domingo, 21 de novembro de 2010

Conselho Nacional de Comandantes-gerais das Polícias e Corpos de Bombeiros Militares: Só não discutiram Salários.

E na única partes que fala em salário disseram que nós deveríamos ter uma salário razoável. ao invés de dizer um salário bom, ou um salário digno. "Talvez nos considerem como pequeno porque nos contentamos com tão pouco"

Segurança

Carta elaborada por polícias militares prioriza bem estar do cidadão

O bem estar do cidadão brasileiro é o ponto principal da Carta de Curitiba, documento que sintetiza os debates da 3.ª Reunião Extraordinária do Conselho Nacional de Comandantes-gerais das Polícias e Corpos de Bombeiros Militares (CNCG), encerrada nesta sexta-feira (19), em Curitiba.

“Antes de destacar qualquer ponto, é preciso frisar que o foco do CNCG é o cidadão; tudo o que aqui foi discutido e instituído tem como objetivo o bem estar da população como um todo”, afirmou o presidente do Conselho, o comandante da Polícia Militar de São Paulo, coronel Alvaro Batista Camilo. Participaram do encontro 54 representantes de PMs e corpos de bombeiros de todo o País.

Na opinião de Camilo, o trabalho de policiamento comunitário deve ser prioridade, como nortearam as reuniões em Curitiba. “Incrementar a polícia comunitária no país todo, com a ajuda da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), trabalhar com o cidadão para obter a melhor informação e com ela trabalhar, usando a inteligência, para a segurança pública, é ponto fundamental para as instituições militares”, disse.

Formas de acelerar o atendimento à população e de estruturar as polícias e bombeiros foram discutidas durante a reunião. Falou-se, por exemplo, no uso de termos circunstanciados pelas polícias militares de todo o país. “O termo pode ser feito pelo PM na própria viatura para crimes de pequeno potencial ofensivo. Não é necessário levar o cidadão até um distrito policial para a elaboração do documento”, argumentou Camilo. Dessa forma, o policial militar teria mais tempo para atuar na rua.

Outros pontos importantes da Carta de Curitiba são os direitos humanos, a participação do CNCG no Conselho Nacional de Segurança Pública, a segurança pública no âmbito municipal, com as guardas municipais, a valorização dos militares dos estados e Distrito Federal, a proposta constitucional de repasse de verba para os órgãos de segurança pública, a regulamentação da atividade, a instituição da Lei Orgânica das PMs e Corpos de Bombeiros, a previdência dos militares estaduais, o Programa Educacional de Resistencias às Drogas e Violência (Proerd), a Justiça Militar Estadual e sistemas emergenciais e técnicos dos bombeiros.

Também foram discutidos práticas de gestão, qualidade, planejamento e Tecnologia, visando eventos esportivos como a Copa do Mundo, as Olimpíadas e a Copa das Confederações. “A preocupação das polícias é manter a tranquilidade pública durante grandes eventos”, ressaltou Camilo. O CNCG pretende ter representantes de todas as polícias militares do Brasil no Grupo de Trabalho da Copa do Mundo (GT Copa), para trabalhar de maneira integrada com as outras instituições de Segurança Pública.

Camilo lembrou que a segurança é uma das prioridades da atuação governamental no Brasil, ao lado da saúde e da educação. “No entanto, a segurança não tem, muitas vezes, percentual de investimentos definido pelos estados para ser utilizado frente às demandas. Estamos propondo que este assunto seja discutido, e que a área tenha uma verba e não precise ficar lutando todos os anos por orçamento. Não há como fazer segurança pública sem investimento. As maiores quedas nos índices de homicídios acontecem sempre onde existem investimentos pesados em segurança”, apontou. O ideal, para CNCG, é que um percentual fixo seja estipulado.

O grupo também discutiu as experiências das polícias e bombeiros de todo o Brasil na área de educação. No Paraná, por exemplo, a proposta de reestruturação do ensino para os policiais militares foi mostrada como um exemplo a ser seguido. O diretor de ensino da Polícia Militar do Paraná, coronel Roberson Luiz Bondaruck, e o chefe da primeira seção do Estado Maior, tenente-coronel Maurício Tortato, realizaram explanações a fim de esclarecer o que está sendo feito neste sentido.

Já a PM do Rio de Janeiro apresentou um programa de prevenção contra desvios de conduta de policiais militares. “Essa é uma preocupação das corporações do Brasil inteiro. Assim, essa troca de experiências e apresentações de boas práticas que acontecem durante as reuniões do CNCG é muito importante para o crescimento de todas as polícias do País”, apontou Camilo.

“O desvio de conduta existe em todas as profissões e em todos os lugares do mundo. Porém quando isso acontece com um policial, o caso é mais grave. Então, o CNCG chegou à conclusão de que é preciso oferecer boas condições de trabalho, dignidade, um salário razoável, em todo Brasil”, falou o coronel.

Fortalecer e trabalhar os valores junto aos policiais e bombeiros militares também é uma necessidade. “É preciso trabalhar na valorização do policial, não só financeira, mas também no seu reconhecimento, envolvendo famílias e comunidades em que eles trabalham”, afirmou. “O PM também precisa poder estudar, fazer curso superior, crescer pessoalmente. Isso vai trazer qualidade de vida para todos e refletir no bom atendimento ao cidadão”, disse Camilo.

Fonte: http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=60450&tit=Carta-elaborada-por-policias-militares-prioriza-bem-estar-do-cidadao&ordem=35000

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