quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Metade dos subprefeitos de SP são coronéis reformados da PM

Metade das chefias de subprefeituras de São Paulo estão nas mãos de oficiais da reserva da Polícia Militar. Por enquanto, 14 dos 31 subprefeitos são coronéis aposentados e outros dois devem ser indicados para Guaianases e Vila Prudente, na zona leste. Outros 17 oficiais são chefes de gabinete, braço direito dos subprefeitos, e 24 trabalham em posições de segundo escalão, como coordenadorias de planejamento e desenvolvimento urbano ou de projetos e obras. Ao todo, são 54 oficiais aposentados trabalhando nas subprefeituras e, contando com as vagas em outras secretarias, o número chega a 78, maior do que o efetivo de coronéis na ativa: atualmente 61. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Este quadro ocorre para tentar diminuir a sensação de desordem na cidade a mehorar a eficiência dos serviços de zeladoria. O uso dessa mão de obra se dá paralelamente à mudança de papel das subprefeituras, idealizada pela gestão Gilberto Kassab, que voltou a centralizar a adminsitração municipal e diminuiu o orçamento e as tarefas dos subprefeitos. Cabe às subprefeituras atualmente cumprir com a tarefa da zeladoria, cuidando de serviços como tapa-buracos e cortes de vegetação. A nova condição tem gerado, no entanto, reclamações por parte de moradores, que reclamam da dificuldade de serem recebidos e da falta de jogo de cintura dos coronéis da PM. Atualmente, o salário de um subprefeito é de R$ 5,6 mil.

''Zeladores''

As escolhas não foram aleatórias. Antes de se aposentar, os oficiais indicados por Kassab ocuparam alguns dos principais postos no comando da PM. Nas chefias das subprefeituras paulistanas estão três ex-comandantes dos bombeiros, um ex-chefe do Estado Maior, um ex-comandante da Academia do Barro Branco, a primeira mulher a ser promovida a coronel em São Paulo e ex-comandantes de litoral, interior e Policiamento Metropolitano. Algumas das principais subdivisões ficaram para os coronéis, incluindo Sé e Vila Mariana.

Esse grupo fardado, no entanto, ainda precisa adaptar-se a tarefas diferentes das que faziam. Com as subprefeituras esvaziadas, exercem mais o papel de zeladores de grandes regiões. E precisam lidar cotidianamente com as reclamações da população e com demandas políticas. A falta de jogo de cintura dos coronéis, no entanto, já tem provocado críticas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: O Estadão http://www.estadao.com.br/noticias/geral,kassab-passa-controle-de-subprefeituras-a-oficiais-da-pm,627238,0.htm

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