A PEC-51, a carreira única e a manutenção de castas

Por Leo Oliveira
 
Desde a apresentação da PEC 51, que versa sobre, principalmente, o reajuste das instituições policiais brasileiras em polícias de ciclo completo, carreira única e desmilitarizadas, houve desde pronto diversas manifestações contrárias.
 
Em especial, muitos delegados federais olham com asco a carreira única, atribuindo que esta seria, na verdade, um “trem da alegria” para que Agentes, na visão deles uma carreira auxiliar, ascendessem para o cargo de Delegado.
 
Sobre isso, é importante frisar certos pontos.
 
Em primeiro lugar, os Agentes Federais NÃO são carreira auxiliar na Polícia Federal. Em termos legais, tanto Delegados, quanto Agentes, Escrivães, Papiloscopistas e Peritos Criminais Federais são cargos que compõem uma mesma carreira, a chamada Carreira Policial Federal. Isso pode ser constatado de modo amplo no art. 144 §1º da CF e de modo específico no art. 1º da Lei 9266/97.
 
Em termos práticos, carreiras auxiliares não exercem as atribuições que levam execução da atividade fim de um órgão ou "poder". Os Magistrados, e só esses, julgam, dão a palavra final e decidem sobre o destino da vida de pessoas, empresas, entidades, seus bens e patrimônios. Ou já viram uma sentença assinada por um oficial de justiça? O Procuradores e promotores membros dos MP’s, e só esses, são detentores da Ação Penal (Dominus Litis), ou já viram um técnico do parquet acusando no tribunal do Júri?
 
A função precípua de todo a polícia do mundo é INVESTIGAR, produzir, colher e demonstrar provas e indícios que mostrem a materialidade do crime e indiquem sua autoria. E quem faz isso, por óbvio, de forma absoluta, não pode ser considerado auxiliar. Em resumo: "QUEM INVESTIGA?", quem faz a atividade policial fim por essência? A resposta, na prática, é o Agente. Isso porque o atual responsável (no caso o Delegado) não se dispõe a ir a campo realizar a investigação (salvo raras exceções). Ele espera que o Agente retorne com o resultado da diligência e relata o IPL baseado nessas informações e nas oitivas. Logo, a função investigativa em si é feita pelo Agente.
 
Isto é fácil de observar quando comparamos com carreiras policiais de outros modelos do mundo: os Detectives ou Special Agents, por exemplo, como responsáveis por uma investigação, não requerem que outro cargo realize as diligências, eles mesmos vão a campo buscar a informação. Função análoga no Brasil é feita pelo Agente e não pelo Delegado.
 
De fato, a carreira auxiliar da Polícia Federal na verdade é a dos Agentes Administrativos, pertencentes ao Plano Especial de Carreiras. Estes, sim, não atuam na atividade fim, de investigação policial, mas na atividade meio.
 
Resolvido este ponto, quanto ao fato de o Delegado não exigir experiência policial anterior no seu processo seletivo: retomando as comparações, o cargo de Promotor e Juiz REQUEREM EXPERIÊNCIA MÍNIMA de 3 anos na área. Ou seja, é necessário ter experiência profissional afim anterior (ex:http://www.cespe.unb.br/concursos/MPE_TO_12_PROMOTOR/arquivos/ED_1_2012_MPE_TO___ABT.PDF)... ehttp://www.cespe.unb.br/concursos/TRT5_12_JUIZ/arquivos/ED_2_2012_TRT_5___JUIZ_DO_TRABALHO_ABERTURA_REPUBLICA____O.PDF) .
 
Para Delegado NÃO É NECESSÁRIA EXPERIÊNCIA policial nenhuma, podendo um aluno que acabou de sair da faculdade sim ser o responsável por uma investigação criminal (ex:http://www.cespe.unb.br/concursos/DPF_12_DELEGADO/arquivos/ED_1_2012_DPF_DELEGADO.PDF). E como já foi dito pelo próprio Superintendente da PF de São Paulo, "investigação não se aprende em faculdade de Direito e nem se executa em gabinete". Assim, apenas faculdade de direito não garante em nada que o aprovado em concurso de Delegado tenha capacidade para presidir uma investigação, e com a prática usual de o Delegado não ir a campo realizar a diligência, continuará sem dominar os aspectos fundamentais da investigação.
 
Novamente comparando com modelos internacionais, os Detetives precisam ter tempo de experiência policial prática antes de serem considerados habilitados ao cargo de responsável pelas investigações. O que é, no mínimo, normal. Apenas no Brasil ainda se perpetua esse modelo em que chefias são alcançadas sem a experiência necessária para esse cargo.
 
Numa proposta de carreira única, o delegado nem precisa deixar de existir, mas a terminologia que for dada para ser chefe de investigação venha a respeitar um posicionamento hierárquico que deflua da organização estrutural e funcional do órgão que corresponda aos feixes de atribuições de cada cargos (não carreira) ou funções providos em confiança, em decorrência da natureza dos seus encargos, porque inexiste, por si só, subordinação funcional entre os ocupantes de cargos efetivos. (PARECER Nº GQ – 35 da AGU: http://www.agu.gov.br/sistemas/site/PaginasInternas/NormasInternas/AtoDetalhado.aspx?idAto=8206&ID_SITE
 
Quanto à formação em Direito. Concordo que deve haver precaução com a manutenção da legalidade das investigações, mas exigir que apenas o formado em direito possa ser responsável por uma investigação é um excesso. Nos outros modelos policiais fora do Brasil, não há essa exigência. O que é, no mínimo, curioso, se tal formação fosse realmente imprescindível. De fato, há uma preocupação que os investigadores tenham formações em diversas áreas, que possam ser aproveitadas nas investigações dos diversos tipos de crime. Não só isso, se fosse necessário ser formado em Direito para garantir a legalidade de todas as atividades policiais, TODO policial deveria ter essa formação, o que vemos mundialmente não ser verdade. A legalidade, por sua vez, pode ser mantida via controle interno pelas corregedorias e externo pelo MP, que já detém essa função. Ainda mais, o trabalho policial é altamente direcionado para dar subsídio para o Ministério Público iniciar a ação penal, e é ele quem decidirá pela tipificação e quais elementos são necessários para embasar tal ação.
 
Ademais, a necessidade e exigência de conhecimentos sobre legislação é pré-requisito para o ingresso e o exercício das atividades de todas as carreiras de Estados, e desconheço um cargo de nível superior (lembrando aqui que TODOS os cargos policiais da Polícia Federal exigem nível superior) que não tenha essa exigência nos seus programas de concursos para ingresso.
 
Mesmo nas funções de polícia administrativa, o Agente, quando atua como "agente de migração", se vale do uso de inúmeras e complexas legislações e atos administrativos internos e tratados internacionais para decidir sobre entrada e saída de viajantes estrangeiros, ou multá-los por infrações administrativas pertinentes à esse trânsito, processos de permanência e inquéritos de expulsão; O Escrivão com todos os normativos aplicáveis a atividades cartorárias; O Agente atuando na análise da concessão, fiscalização e punição de atos relativos ás atividades de segurança privada, químicos, e controle de armas; Os auditores da receita no uso de complexa legislação tributária quando aplica uma milionária multa ou suspende as atividades de uma empresa; Auditores do Bacen no uso da legislação financeira nacional; O fiscais alfandegários, agrícolas, de portos, etc, nas suas atividades que interferem na produção de milhares de empresas, sempre usando diversos dispositivos normativos.
 
Ou seja, os exemplos deixam claro, que saber direito e a necessidade de o quanto se exigir esse conhecimento numa carreira é variável e não é isso que torna um cargo mais importante que o outro. O tanto desse conhecimento na carreia pública é adquirido de acordo com a necessidade em 3 momentos: 1- O que se exige como programa de concurso, que deve se valer da real necessidade desses conhecimentos no exercício da atividade, 2 - Da formação que se dá ao servidor que ingressa no cargo (PF's na ANP, Auditores e analista da receita em seus cursos de formação, etc) e na prática. 3 - não menos importante para o servidor, a LICC, que exige que ninguém pode alegar desconhecimento da lei, muito menos o responsáveis públicos pela aplicação dela.
 
Em resumo, todo servidor público deve possuir conhecimento de direito, legislação, atos administrativos, etc. A formação em Direito é necessária para Advocacia, Ministério Público, Magistratura, Defensorias e Procuradorias Públicas etc., porque são atividades que envolvem primordialmente discutir e decidir sobre aplicação da lei. Não é o caso da Polícia. A Polícia tem sim que observar e aplicar a lei, mas sua função primordial é investigação e segurança pública, e não discussão da lei em si.
 
Concluindo, a carreira única nada mais é que um ajuste do modelo policial brasileiro aos modelos internacionais que já se comprovaram mais eficientes. A carreira única garantirá que o policial responsável pela investigação tenha conhecimento prático da atividade e seja o mesmo que realize a diligência, que toda chefia seja ocupada por servidor necessariamente experiente e que todo policial tenha perspectiva de crescimento no órgão, diminuindo a evasão e as chances de corrupção. O princípio constitucional do concurso público será garantido para ingresso no início da carreira e a progressão se dará através de processo seletivo com requisitos objetivos.
 
Ou seja, não há motivo para resistência a essa mudança, a não ser para se manter uma segregação social-funcional que privilegie castas ao invés da eficiência. E disso o Brasil já está farto.
 
CARREIRA JURÍDICA - Verdade
 
Os membros das carreiras jurídicas, ao menos conforme lição que tivemos quando acadêmico de direito, seriam aqueles que “promovem” a justiça e “falam” no processo, “operando” o Direito.

Portanto, aqueles profissionais que fazem parte da trilogia processual e que são essenciais à Justiça! Vejamos: Advogados(atuam na tríade processual, apesar de não serem "carreira pública"), Advogados públicos(Defensores - DPU, DPE), Procuradores Estaduais, AGU(Procuradores Federais e Advogados da União), Ministério Público da União(MPF; MPT; MPM; MPDFT), Ministério Público Estadual(Promotores e Procuradores de Justiça), Magistrados(Juízes e Desembargadores Estaduais e Federais, inclusive o de "Paz").
 
Não existe definição doutrinária ou conceitual, do que seja “carreira jurídica”. Mas, a Constituição, traz quais as carreiras essenciais à promoção da justiça, e nela não está a de delegado de polícia.
 
Logo, conclui-se que as carreiras jurídicas são apenas as referidas na Constituição Federal.
43 comentário(s)

Comentários

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Moreira

Acabou a mamata dos delegados!

Os delegados estão desesperados, pois a sociedade descobriu que eles apenas copiam e colam a investigação feita pelos verdadeiros investigadores. Esse é um cargo que não serve pra nada, foram os defensores da PEC 37 (PEC da impunidade) e agora são os únicos defensores do atual “status quo” mesmo sabendo que o Brasil tem o pior índice na elucidação de Crimes com apenas 4%. Já era o Brasil acordou!

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Terence

Pessoal, muita gente aqui

Pessoal, muita gente aqui parece que não leu a PEC. É natural, afinal, a maioria sempre pertence ao grupo que gosta das coisas fáceis. A maioria quer logo o ingresso para o trem da alegria. Ler a Emenda, pessoalmente, seria muito difícil, para essa gente. Melhor pegar carona na leitura dos outros e ir "papagaiando" aquilo que sequer confirmou ser verdade.Pois bem, então, leiam a PEC:a) ela não acaba com a figura do delegado de polícia - pelo contrário, a figura da autoridade policial civil sairá fortalecida, após a unificação, seguindo a tendência atual, traduzida pelo poder recém adqurido de requisitar informações, durante as investigações, pelo reconhecimento da atividade como jurídica, em diversas Constituições Estaduais, entre outras realidades atuais e que estão por vir, como a[...]ver mais

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Terence

AGENTES DA PF, VÃO ESTUDAR!

Será que o analista do Ministério Púbico Federal, por exemplo, que faz todo o trabalho do Procurador da República, que, como deve ser, apenas verifica, corrige e assina, para poder dar conta do trabalho, na maior parte das ações - será que este analista, que ganha igual a um agente da Polícia Federal - será que ele está desmotivado porque é analista e não consegue passar no concurso para Procurador? Será que a solução é propiciar a este analista que seja promovido ao cargo de Procurador e forçar todo aquele que seja Procurador a ter sido antes um analista entediado???Se este for o caminho, deve ser replicado, então, mas não somente na Polícia, senão em todos os setores do serviço público, em que a analogia seja cabível. 

[...]ver mais

Luiz Eduardo Soares

Vou copiar o que declarou Luiz Eduardo Soares, ex-secretário Nacional de Segurança Pública, Antropólogo e autor de vários estudos e livros na área de segurança pública.

"Assustadora a qualidade ética das críticas corporativistas a PEC-51. Alguns delegados e oficiais não têm sequer pudor na defesa do status quo."

 

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Sergio Ricardo

Assinaturas

Alguem acredita aqui que no judiciário ou no MP ou na advocacia ou na defensoria são eles que realmente trabalham. Muitos apenas assina o que o estagiario redige.

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Sergio Ricardo

Sempre a mesma ladainha.

ao que se ver, voltamos a mesma conversa. Querer ser delegado sem concurso. 

Venezuela - Carreira única

Uganda, Carreira única,

Cingapura - Carreira única

Colômbia - Carreira única

Congo - carreira Única.

Bolívia - Carreira única

México - Carreira única.

Ou seja, carreira única faz com que uma polícia se torne de excelência?  Pois nesses países são carreira única e não é uma polícia de qualidade.

 

 

Já repararam que só falam em carreira única os não delegados?

Concurso aberto, entrem pela porta da frente.

Delegado? Não, obrigado!

Porque algum policial iria querer ser delegado? Uma figura que só existe no Brasil, assim como o obsoleto IPL? Pode listar as polícias de todo o mundo, que delegado só existe aqui. Ao invés de listar Venezuela, Uganda, Cingapura, Colômbia, Congo, Bolívia e México, pode comparar com EUA, Alemanha, países escandinavos ou qualquer outra polícia competente do mundo, já que todas são de ciclo completo, como manda a lógica, o senso comum e experiências bem sucedidas mundo afora.

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cledson mota

Pec. 51

Sou bombeiro militar e os mesmos problemas vividos pela PF existem dentro de minha instituição. Oficiais recém formados chegam nos quartéis mandando em bombeiros com mais de 20 anos de experiência. Também há a questão salarial a qual é discrepante. Um oficial em final de carreira recebe 3 vezes mais que um praça com o mesmo tempo de serviço. Essas discrepâncias causam desmotivação e baixa produtividade, além de abandono dos cargos para outros de melhor remuneração. Dessa forma é preciso mudar toda a estrutura das polícias e bombeiros para que tais instituições possam ser mais produtivas e se enquadrem no princípio da eficiência.

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Ranger

Um cargo imperial ultrapassado

É natural que esta categoria imperial e ultrapassada tente refutar a proposta de melhoria de segurança pública do país com argumentos fracos, tais como:  trem da alegria e inveja do seu cargo.

 

O que esperar de uma categoria que:

- Foi a favor da PEC 37;

- Deu uma medalha de honra ao senador Renan Calheiros;

- Três de seus integrantes fogem ao presenciar um assalto a uma lotérica. 

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Adriano Lucas

A PEC 51 e a ignorância intencional

O CORRUPTO nunca vai entender que o princípio que norteia a formação de carreira no serviço público é o o de que a CARREIRA deverá ser composta por todos que exercem a ATIVIDADE FIM. É difícil imaginar o corrupto entender que, por exemplo na atividade fim judicial, só quem exerce essa finalidade são os juízes, e todos ingressam no início da carreira judicial (da magistratura) e vão até o seu fim (ninguém ingressa no meio). E o corrupto é tão burro e não tem vergonha de sê-lo que tenta confundir sempre alegando que os servidores administrativos (da atividade meio) não pode ser juízes (e quem disse que pode se são de carreiras, ou atividades distintas?). O corrupto e lacaio da própria ignorância não percebe que todas as carreiras do serviço público brasileiro o ingresso se dá no início da[...]ver mais

A verdade

A segurança pública está FALIDA, e isso é um fato. A cada ano que passa, embora cresça o investimento com a pasta nos estados, o crescente investimento nas instituições policiais não implicam de fato em redução dos índices de criminalidade, o que leva a crer que o SISTEMA BRASILEIRO NÃO FUNCIONA.

Ao contrário do que acontece em todo o planeta, temos duas polícias que funcionam como duas laranjas cortadas - meias polícias - , pois não adotam o CICLO COMPLETO de policiamento. Da mesma maneira, temos no Brasil uma função policial com viés jurídico - Delegado de Polícia - , indiciamento e sistema inquisitorial em sede de polícia, diferente do modelo MULTIDISCIPLINAR adotado nas principais polícias do mundo. EM TODO O PLANETA - diferentemente do modelo brasileiro -, policiais são alçados[...]ver mais

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Adrian Lucena

Uma Polícia sem Delegados?

Nesse momento de manifestações por reconhecimento profissional e de luta por reestruturação de carreiras, manifestações repletas de rancor terminam, por vezes, recaindo na figura do delegado de polícia. Embora o arquétipo da autoridade policial, sob o ponto de vista do homem comum, represente a síntese da experiência policial, da gestão de equipes de profissionais, do monopólio investigativo e, mais ainda, do conhecimento jurídico profundo, os estudiosos da ciência policial sabem que nosso sistema investigativo é único no mundo e que essa ‘autoridade’ é bastante questionável.
A aflição que toma conta dos ‘policiais por vocação’ é saber que seria preciso anos e anos para se implementar uma mudança profunda nas polícias brasileiras. A pergunta é inevitável: seria possível, em nosso
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EVERTON LUIS BACH

SENHORES:

FUI INVESTIGADOR, FUI ESCRIVÃO E HOJE SOU COMISSÁRIO DE POLÍCIA CIVIL NO RS. GOSTEI DO TEXTO E CONCORDO COM ELE. LI TAMBÉM OS CONTRAPONTOS E ALGUNS ARGUMENTOS SÃO ÓTIMOS. DEVEMOS NOS RENDER A OPINIÃO DOS OUTROS, DEVEMOS DAR VOZ AOS DELEGADOS, NÃO SÃO NOSSOS INIMIGOS E ENTRARAM PELO SEGMENTO DE CIMA PORQUE O SISTEMA ASSIM PERMITE. GOSTARIA APENAS DE TECER ALGUMAS CONSIDERAÇÕES RÁPIDAS, CUJAS RESPOSTAS GOSTARIA MUITO DE QUE FOSSEM RESPONDIDAS, POIS APRESENTO ESTE MÊS MINHA MONOGRAFIA  NUMA ESPECIALIZAÇÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA E CIDADANIA PELA UFRGS. LA VAI:

01) QUANTAS CENTENAS DE MILHÕES DE IPs AGUARDAM NAS DPs PARA SEREM INVESTIGADOS? QUANTOS PRESCRITOS? QUANTOS HOMICÍDIOS E OUTROS CRIMES GRAVES QUE NÃO GANHARAM A MÍDIA POR INVESTIGAR?

02) COMO SE SENTIR MOTIVADO EM UMA FUNÇÃO[...]ver mais

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Terence

RESPOSTAS

Olá, Everton. Vejo que seu interesse, como o meu, é por respostas que, realmente, possam contribuir para a otimização da segurança pública, no país - ao invés de enfraquecê-la ainda mais - independentemente do posicionamento adotado. Vou tentar responder às suas perguntas, da maneira mais breve possível, afinal, hoje é domingo rs... Espero que lhe valha de algo, mesmo que para objeto de refutação. 01) Inquéritos policiais parados decorrem da falta de pessoal, na estrutura das polícias civis: sei de alguns dados, por cima, que você pode buscar confirmar, depois, oficialmente: em vários Estados, hoje, há menos investigadores na ativa do que há 20 anos. Em diversos Estados, igualmente, delegados respondem por três, quatro cidades, inclusive cidades que tem Comarcas próprias, que[...]ver mais

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McClane

Parabéns

Parabéns pela exposição!

Quisera todos os delegados tivessem essa visão, viu. Esse conflito interno nas polícias só beneficia a criminalidade. Sei que existem radicais de ambos os lados, mas ainda acredito na convergência de ideias e surgir algo benéfico a todos.

Só uma exposição de ideia quanto à progressão de carreira e o tempo para promoção: poderíamos seguir, por alto, algo como o modelo da LAPD para rearranjar todos os cargos policiais (http://www.joinlapd.com/career_ladder.html)

Ex na PF:
Entrada como Policial Federal I (1 classe, 3 padrões I-III);

Após 3 anos e aprovado em estágio probatório, escolher entre 
1. realizar processo seletivo para especialização como:
a)Delegado Federal (ou outro nome a ser dado ao responsável pela investigação) 3ª Classe ( 4 classes, 3ª a Especial) ou;
b)
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JUVENCIO DA SILVA

QUESTÃO POLICIAL BRASILEIRA.

As recentes manifestações populares em todo o Brasil reacenderam o debate sobre o papel de nossas forças policiais. Muitas manchetes de jornais e opiniões de especialistas destacaram a desmilitarização da polícia como tema central.

Na verdade, essa questão é apenas a ponta do iceberg. Somente uma abordagem abrangente, a partir de uma visão global e sistêmica do problema, poderá resultar em uma melhoria efetiva da estrutura policial brasileira. Entre outros pontos, três merecem destaque como símbolos de nosso atraso, na comparação com as principais polícias do mundo:

1) A polícia brasileira é a única que investiga por meio de um procedimento burocrático, inquisitivo e ineficiente: o inquérito policial. Enquanto nos outros países a polícia procura implantar medidas para agilizar e integrar o
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Franklin Muller

A ficção do IPL - instrumento de manutenção de poder

O valor do inquérito policial como peça resumo das investigações, se prende a meta de alcançar um fictício status jurídico, que tem o intuito de respaldar uma áurea de poder, que não tem alicerce funcional administrativo e só se presta pra manter uma mítica social, que não passa de um ranço, um costume que se estende desde do império.

Quem tem o mínimo de conhecimento da labuta, em qualquer fase, seja processual ou pré processual,na persecução penal. Acontece, que alguns tentam usar o valoroso trabalho de policiais que verdadeiramente investigam, para passar um status de "formalidade e importância" ao IPL e ao Indiciamento, que não existe, sem fundamento. O valor e a importância do verdadeiro trabalho policial não tá na burocracia e na falsa importância de formalismo e papéis que tentam[...]ver mais

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Ana Marta

  O PANO DE FUNDO DISSO : a

 

O PANO DE FUNDO DISSO : a função (função e não as pessoas) de delegado é inexistente em toda e qualquer polícia do mundo , ainda mais no brasil com esse vício bacharelista, isso posto , tenta o corporativismo dessa função inexistente mundo afora , alcançar prerrogativas que as carreiras jurídicas aqui possuem, ou seja , DESTROEM E IMPEDEM A MODERNIZAÇÃO DA POLÍCIA DO BRASIL ( que vive de dogmas do século XIX) , impedem o ciclo completo de polícia e CARREIRA MULTIDISCIPLINAR ( Carreira Única e Ciclo Completo na Polícia Brasileira) tudo em nome desse desiderato de serem juristas dentro da polícia ! precisamos sim extinguir o atual inquérito (inexistente mundo afora e dotar de ciclo completo as polícias , ISSO SIM INTERESSA A SOCIEDADE ! nota-se que NÃO É COINCIDÊNCIA QUE , OS MESMOS[...]ver mais

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josemar santan

quem é o autor

Quem é o autor? Por que falta a sua identificação funcional? O texto me parece tendencioso e apresenta apenas a visão miope dos agentes....

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josemar santan

Quem é o autor?

Quem é o autor? acho que deve ser um agente...ele simplesmente coloca as coisas sob a visão miope de um agente

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Henrique dacasco

Delegado??

Simples...quer ser Juiz? preste o concurso, seja aprovado a vá ser juiz. Quer ser promotor? Preste o concurso, seja aprovado a vá ser Promotor.

Agora, querer ser DELEGADO e prestar concurso para investigador??/ VÁ FAZER O CONCURSO DE DELEGADO!! SEJA APROVADO E VÁ SER DELEGADO E PARE DE RECLAMAR DIZENDO QUE QUEM FAZ O TRABALHO TODO É O AGENTE POLICIAL.

Então senhores delegados,

Então senhores delegados, querem ser carreira jurídica? Pois prestem concurso para a magistratura ou MP! Polícia é para ser feita por policiais, dispensa atravessadores, principalmete aqueles que acham que são juízes de calças curtas.

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servidor do imperador

O dor de cotovelo!

O dor de cotovelo!

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Renato Mello

PEC 51

A PEC 51 por si só não vai resolver o problema da segurança pública mas vai melhorar um bocado. Faltaria reformas penais, de processo penal, uma justiça mais rápida e eficaz e resolver outros problemas estruturais do Brasil. A PEC 51 não traz aumento de despesa por si só, trará uma grande melhoria sem em tese gastar um real (lógico que haverá gastos na reestruturacao dos órgaos). O Brasil precisa urgentemente de medidas legislativas desta natureza, aumento da eficiëncia pública sem necessariamente trazer consigo gastos públicos

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Terence

CONTRAPONTO

Minha opinião é pura. Porei apenas um contraponto, às palavras do autor do artigo. Não misturarei a ela idéias próprias, impressões pessoais, sobre como deveria ser organizada a segurança pública no país. Vou somente contradizer as frases do autor do artigo, por desencargo de consciência.O natural é que a maioria dos membros das carreiras policiais e de segurança pública se manifeste a favor da Emenda, pois ela provoca uma verdadeira e inesperada revolução social, no seio das instituições, iguala praças a oficiais, agentes a autoridades policiais, guardas municipais às polícias, ampliando, pois, os horizontes de ascensão profissional de tais servidores, dilatando, ainda, o rol de poderes de grupos inteiros, como em um sonho, do dia para a noite. Alinha diversos profissionais da segurança[...]ver mais

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Rafael Novaes

Perfeito

Excelente explicação da situação da segurança pública. Vale lembrar que a PRF e uma polícia de carreira única e não se parece ineficiente, visto que não fazem investigação, se o fizessem deixaria o Polícia Federal no chinelo. Tenho amigos abandonado a PF e migrando pra PRF acreditando na PEC 51 que dará poder de investigação àquele órgão (ciclo completo) sem a figura nefasta e indispensável do delegado. Vamos fazer este texto circular!

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Wallace Duarte

Medo ou a certeza da incapacidade?

O que mais me impressiona é a falta de argumentos por parte dos Delegados de Polícia Federal. Não se trata de frustração por não ocupar um cargo de delegado de polícia, até mesmo porque uma simples prova de certo e errado da banca de concurso CESPE (que até o concurso de 2004 era prova única com questões de informática, raciocínio lógico/matemático e atualidades, além é claro de noções de direito) resolveria tal “problema”, ou melhor, acabaria com a tal "frustração". Trata-se de melhorar algo que não funciona mais, melhorar a qualidade das investigações e, consequentemente, fazer aquilo que pouquíssimos delegados (e aqui eu falo de Delegados de Polícia Federal) fazem: investigar bem.

Seria mil vezes melhor e mais barato para a sociedade instalar em cada Superintendência da Polícia Federal,[...]ver mais

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Ana Marta

Dispensáveis responsáveis pelos números da ineficiência policial

"QUEM INVESTIGA?", quem exerce a verdadeira atividade policial em todo mundo?  Não adianta dizer que “relatar Inquérito – peça burocrática e dispensável – seja a atividade policial fim. Com essa resposta(certa), podemos até inverter o entendimento quanto quem é executor e auxiliar na atividade de polícia judiciária. Percebam que, se não participa da investigação, e apenas recebe as provas colhidas, resumem num documento dispensável e a remetem para quem tem o verdadeiro poder de dá início à ação penal, não pode ser considerado o "membro", detentor da função precípua. Sendo assim, quem seriam os auxiliares? USURPADORES DO RESULTADO DOS VERDADEIROS EXECUTORES DA ATIVIDADE POLICIAL POR ESSÊNCIA!?

Um cargo que se mantem POR HERANÇA DE UM RANÇO SOCIAL QUE PRIVILEGIA UMA CASTA EM DETRIMENTO
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Vivone

PEC 51

"...podemos até inverter o entendimento quanto quem é executor e auxiliar na atividade de polícia judiciária. Percebam que, se não participa da investigação..."

 

Brilhante sua colocação, Ana Marta.

Realmente, eles acabam sendo os auxiliares, pois nada fazem que tem a ver com investigação propriamente dita.

Costumo dizer que não conheço em lugar nenhum no mundo investigador de gabinete, atrás de uma mesa, no ar-condicionado.

Isso é mais uma balela brasileira que colou durante anos.... e não funcionou até hoje.

Só o Brasil está certo e o resto do mundo errado???!!!!

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Juvencio Silva

Destinatario do texto

Espero que esse texto seja levado ao conhecimento das autoridades parlamentares que vão poder decidir o futuro da segurança pública brasileira. Percebe-se que muitas das falácias, mentiras e distorções da realidade, que são usadas por certas castas de servidores, são sistematicamente, desmentidas, com argumentos e exemplos simples e indefensáveis. Grande parcela dos integrantes das verdadeiras carreiras jurídicas tratam com chacota e desdém, a "invencionice" imposta via lobby parlamentar - Lei 12.830. Nem uma lei pode criar uma figura pública funcional inexistente dentro de conceitos e princípios centenarios. A regra não se muda com uma caneta inconstitucional, e não há força legal que possa dizer que um policial em sua atividade precípua fim, faça parte de uma carreira que seja de fato[...]ver mais

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Quero Outra Polícia

Só no Brasil mesmo...

O mundo ocidental todo entendeu o seguinite:

O profissional do Direito, formado em curso superior específico, atua ou como juiz ou como parte em um proceso JUDICIAL. Nos casos criminais, um dos lados representa o Estado. São as chamadas carreiras jurídicas, aqueles que se utilizam do Direito como ferramenta de trabalho em atividade típica do Poder Judiciário. A Polícia não faz parte disso. Em ela aqui e lá fora faz parte do Poder Executivo. Faz parte do equilíbrio dos poderes essa separação.

Porém, o nosso sempre diferente e "muderno" Brazil, se mostrando na vanguarda da segurança pública, mantém o padão que o Império Português usou no Sec: XIX e há muito já entendeu ser fracassado: a judicialização da policia.

Em todo o mundo polícia é feita por POLICIAIS. Esses são preparados para o tema
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PLGomes

Demorou... Já estamos no século XXI!

A PEC-51 já seria para o Séc. XX, mas ainda dá tempo... É óbvia a necessidade de se alterar esse sistema anacrônico, típico do século XIX, no qual se delegavam poderes a "delegados" para que estes arregimentassem auxiliares e assim garantissem a manutenção da ordem e do "status quo" econômico, político e social.

Hoje nossa realidade é outra, e nesta não cabem "delegados" mas sim policiais profissionais!

E, como em qualquer instituição policial do mundo desenvolvido, esses profissionais devem ser valorizados e estimulados a se desenvolverem e, naturalmente por mérito, ocuparem postos de chefia e controle de suas instituições.

Todos os argumentos contrários à carreira única nas polícias demonstram o corporativismo de uma classe que já se reconhece destinada à extinção, só encontrando apoio[...]ver mais

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Flávio Moreno

Exemplo das principais

Exemplo das principais polícias do mundo com CARREIRA POLICIAL ÚNICA E MULTIDISCIPLINAR:

 

FBI/DEA  e  demais polícias - EUA - Carreira única, ingresso com qualquer curso superior - Fonte:www.fbi.gov/hq/td/academy/na/na.htm

 

Policia de Investigaciones - Chile - Carreira única, ingresso com qualquer curso superior  - Fonte:www.investigaciones.cl

 

Polícia Judiciária - Portugal - Carreira única, Ingresso para diversos cursos superiores - Fonte: www.pj.pt

 

Bundeskriminalamt - Alemanha - Carreira única, ingresso para vários cursos superiores - Fonte: www.bka.de

 

ScotlandYard - Reino Unido - Carreira única, ingresso com qualquer curso superior - Fonte: www.met.police.uk

 

Belgian Federal Politie - Bélgica - Quadro fundamental,[...]ver mais

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Paulo Falcão

O Delegado e os agentes da Autoridade

À semelhança de sentenças e denúncias, privativas de Juízes e MP, alguém já viu algum Auto de Prisão em Flagrante, representações por prisões cautelares, busca e apreensão, afastamentos de sigilos, dentre outras peças elaboradas e firmadas por agentes da Autoridade (vide CPP e leis especiais)?

O formado em outros ramos do conhecimento  - filosofia, educação física, música e outros -, teriam mais aptidão para a investigação criminal do que o formado em Direito (sem qualquer demérito a essas nobres  profissões)? Por que?

Vale lembrar que o Direito é a única formação imprescindível  à existência de um  dos Poderes da República.

Os que tanto ofendem o cargo de Delegado, não têm outros interesses que não sejam os de chegarem a ele, e à respectiva remuneração, sem a via[...]ver mais

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McClane

Vamos lá

À semelhança de sentenças e denúncias, privativas de Juízes e MP, alguém já viu algum Auto de Prisão em Flagrante, representações por prisões cautelares, busca e apreensão, afastamentos de sigilos, dentre outras peças elaboradas e firmadas por agentes da Autoridade (vide CPP e leis especiais)?

Muitas vezes, o delegado faz apenas isso: firmar os autos. Na prática, e isso é visível em qualquer delegacia: o procedimento é elaborado pelo escrivão, e o delegado muitas vezes nem se encontra no local. As representações por quebra de sigilo telefônico são altamente baseadas (se não copiadas) dos Autos Circunstanciados elaborados pelos Agentes envolvidos na operação.

O formado em outros ramos do conhecimento  - filosofia, educação física, música e outros -, teriam mais aptidão para a[...]ver mais

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LCLbotelho

Prezado Nasif Complementando

Prezado Nasif

Complementando :Agora Certamente seria muito bem vindo a Carreira de Delegado , a aprovação do mesmo pelos exames da OAB e um ano de Estágio Probatório de estudos policiais forenses investigativos em uma Academia nacional  ou Instituto de Estudos Policiais . E a saída ao Campo para investigações conjuntas com os agentes (também com estágios de formação  Policial ),uma regra básica funcional .

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McClane

Complementando

Agora seria bem vindo o delegado escolher o quer da vida:

Ser policial e fazer parte da carreira única policial, sendo reenquadrado no topo;

Ser jurista e sair da polícia, dando espaço para os policiais crescerem em sua própria casa;

Ou continuar tentando manter esse sistema policial brasileiro ineficiente e cheio de conflitos internos.

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LCLbotelho

Prezado Nasif Todo cuidado

Prezado Nasif

Todo cuidado com estes arroubos corporativos . Na carreira do Magistério Superior , unificou-se a carreira e o desastre está à vista de todos :Todos os Profesores Associados terão a promoção de fato automática ao último nível de Professor Titular (antes só alcançàvel através de Concurso Público -aberto a todos - independentes de se pertençer ou não a Carreira de Magistério Superior-;de Provas e Títulos ) .

E todos conheçemos bem as "Mafiocracias" incrustadas nas carreiras públicas assim ditas especiais : por exemplo ,caso você se gradue em uma Escola Militar superior das Forças Armadas Brasileiras ,a chegada ao posto de Coronel , capitão demar e guerra é semi-automática -basta cumprir com os requisítos mínimos .

AGORA CERTAMENTE OS PROBLEMAS DE SALÁRIOS É UMA REALIDADE[...]ver mais

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Obelix

A necessidade de "desjudicialização" da Polícia.

Prezados e prezadas,

O texto é irretocável.

No outro post sobre o tema, a PEC 51, eu já tinha mencionado que um dos senões da PEC e sua implementação como emenda é a ausência de correspondência no estamento normativo penal e processual.

Esta PEC não é compatível com o Inquérito Policial, o que não quer dizer que possamos prescindir de uma instância persecutória policial, que como disse no título do comentário, tem que ser desjudicializada.

O trabalho policial é dizer: como, quando, onde, por que, quem, para que, tem testemunha, há ou não prova técnica.

E só.

O papel de dar interpretação jurídica e tipificar condutas não é do policial (hoje em dia, o delegado).

Nosso ordenamento prevê a possibilidade de emendar e mudar a acusação, quando verificado a necessidade de aditar ou mudar a[...]ver mais

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LJoao

Centenas se formam em direito

Centenas se formam em direito todo ano, mas poucos podem advogar pois não conseguem passar no exame da OAB. Assim a reserva de mercado para formados em direito, mesmo sem OAB, para o cargo de delegado atende a estes, por isso de interesse das faculdades de direito.

Quanto ao sistema de castas, existe situação semelhante na Receita Federal, onde auditores, através de manobras legislativas ou administrativas,  concentram atribuições, emperrando a máquina e prejudicando os demais membros da carreira de auditoria.

Não só os delegados são contra a aprovação deste PEC, outras categorias também, pois isso pode levar a construções de carreiras de verdade no serviço público, onde todos entram na base e avançam conforme seus méritos, competências, trabalho, conhecimento.  A simples[...]ver mais

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Zé Francisco

Segurança: dívida democrática

Sou delegado de polícia civil do estado de São Paulo, portanto, minha análise se restringe ao meu campo de atuação. O missivista foca sua tese na área federal e seu argumento técnico apenas descreve modelos externos, mas não enfrenta a realidade da segurança brasileira. Se parece com uma monografia de conclusão de curso. 

1º- Nosso modelo de segurança pública nada mudou de 64 para cá, o estado tem uma enorme dívida nesta área, principalmente com os jovens negros e pobres.

2º- A PM: aqui em SP os oficiais da PM exultam o governo militar em seu currículo de formação, cultivam a repressão e a execução. Mais de 20 mil oficiais estão aquartelados, fora das ruas, e necessitam de outros tantos mil praças para serem ordenanças, motoristas, administrativos etc., se aposentam[...]ver mais

Se delegados, tanto federais

Se delegados, tanto federais quanto estaduais, necessáriamente devem ser formados em direito, porque não fazem parte de carreira jurídica ? Não tem lógica. Então tem que se retirar essa obrigatoriedade da formação em direito.

@DanielQuireza

Excelente

Nossos parlamentares terão coragem de desatarem esses nós?

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BHZ

Pressão popular

Só sob pressão popular....

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