Familiares e amigos de um grafiteiro morto após ser atingido por um disparo de taser, uma arma de choque, fizeram um protesto neste sábado (10) em Miami . O colombiano Israel Hernández-Llach tinha 18 anos e estava grafitando um muro na terça-feira (6) quando foi surpreendido por agentes da polícia de Miami Beach, por volta das 5h. Segundo a polícia, o jovem fugiu e, durante a perseguição, recebeu uma descarga de taser.
Durante o ato deste sábado, a família de Hernández-Llach pediu que o incidente seja investigado. A morte teve repercussão na comunidade artística de Miami Beach, já que o rapaz era um grafiteiro conhecido por lá, com trabalhos exibidos localmente.
Ao ser abordado pela polícia, ele atuava em uma zona conhecida por Little Buenos Aires, na Avenida Collins. O policial que efetuou o disparo, Jorge Mercado, foi colocado em licença administrativa, informou o jornal "The Miami Herald", citando fontes da polícia. Dois amigos de Hernández confirmaram a versão dos policiais.
"Quando já estava sob custódia, o rapaz deu sinais de problemas médicos", informou o porta-voz da polícia, Raymond Martinez, em comunicado enviado à AFP. Hernández foi levado ao Hospital Monte Sinai, situado a poucos quilômetros do local do incidente, onde os médicos constataram sua morte.
O caso remete à morte do estudante brasileiro Roberto Laudisio Curti, 21 anos, atingido por vários disparos de taser em Sydney, no dia 18 de março de 2012. Durante uma perseguição policial, Curti foi alvo de 14 disparos da arma Taser e acabou morrendo.
A polícia alegou ter perseguido Curti devido ao furto de dois pacotes de biscoito em uma loja, mas a ação provocou indignação na Austrália e um amplo debate sobre a violência policial.
Cartazes em protesto contra a morte do grafiteiro Israel Hernández-Llach, em Miami; ele morreu após ser atingindo por um disparo de arma de choque
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'Descanse no paraíso, Israel Hernández', diz cartaz em ato pela morte do grafiteiro Israel Hernández, atingindo por um disparo de taser dado por um policial em Miami