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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Dilma escolhe ex-segurança da campanha para cuidar da Copa e Olimpíada


FERNANDA ODILLA DE BRASÍLIA 
A presidente Dilma Rousseff escolheu para cuidar da segurança pública da Copa e da Olimpíada um delegado da Polícia Federal, ex-chefe da segurança de sua campanha eleitoral em 2010.

A nomeação do delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues como Secretário Extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça foi publicada no "Diário Oficial da União" nesta segunda-feira (12).

Militares pressionavam para que o órgão, hoje vinculado ao Ministério da Justiça, fosse transferido para a Defesa. A PF e os militares disputam verbas e o controle do órgão que chefia a segurança pública nos grandes eventos sediados pelo Brasil.

A briga fez com que o delegado federal Valdinho Caetano abandonasse o cargo por se sentir desprestigiado às vésperas da Copa das Confederações. Ele reclamou que todos os investimentos vinham sendo feitos nas Forças Armadas em detrimento da PF.

Caetano teve uma ríspida discussão com o chefe do Estado Maior do Conjunto das Forças Armadas, general Carlos José De Nardi, coordenador do Ministério da Defesa para a segurança da Copa e da Olimpíada. O bate-boca entre Caetano e De Nardi ocorreu em reunião com a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil).

O governo, então, nomeou interinamente o diretor-geral da PF, Leandro Daiello, para acumular os dois cargos. Ainda assim, Valdinho ficou no cargo até o início deste mês, tendo cuidado da Copa das Confederações e da visita do papa Francisco.

Agora, Dilma escolheu um delegado da Polícia Federal com quem conviveu durante a campanha eleitoral. Andrei chefiou quatro equipes da PF que cuidaram da segurança de Dilma às vésperas da eleição em 2010. À época, ele estava lotado no Rio Grande do Sul, tinha uma boa relação com o petista e ex-ministro da Justiça Tarso Genro, atual governador do RS, e foi indicado pelo então diretor da PF, Luiz Fernando Corrêa.

Em junho de 2011, Andrei havia sido nomeado como oficial de ligação da PF na Espanha, para atuar no combate ao tráfico de pessoas e à exploração de trabalho escravo e crimes conexos.

Ele já voltou ao Brasil e assume oficialmente a Secretaria de Grandes Eventos esta semana com a missão de apaziguar a relação entre PF e Forças Armadas e conseguir mais recursos para a própria corporação.

Como a Folha revelou, secretaria teve verba autorizada de R$ 643 milhões em 2012, mas só desembolsou R$ 105,7 milhões para a aquisição de equipamentos para a PF. Além disso, integrantes da corporação dizem que o ministro Celso Amorim (Defesa) age nos bastidores para aumentar a influência no governo.

  Folha de S Paulo

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