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Júri condenou 25 PMs a 624 anos de prisão por mortes no Carandiru.
'Brasil dá importante passo no enfrentamento à impunidade', diz nota.
A Anistia Internacional disse neste sábado (3) que o Brasil dá um importante passo no enfrentamento à impunidade da violência policial ao condenar 25 policiais e ex-policiais militares pela participação no chamado “massacre do Carandiru”, em 2 de outubro de 1992.
O segundo julgamento do caso, que levou ao banco dos réus 25 PMs, começou na segunda-feira (29) e só terminou na madrugada deste sábado. Os jurados responsabilizaram os policiais por 52 mortes de presos no Carandiru e os condenaram a 624 anos de prisão em regime inicialmente fechado.
"Ao condenar 25 policiais da Rota, tropa de elite da Policia Militar deSão Paulo, a 624 anos de prisão pela morte de 52 detentos do terceiro pavilhão do presidio do Carandiru, em 1992, a Justiça brasileira dá um importante passo no enfrentamento à impunidade da violência policial", diz a nota da Anisitia.
O órgão afirma, contudo, defender a responsabilização das "altas autoridades" do Estado de São Paulo na época do massacre, como o governador e o secretário de segurança. Mas diz que, apesar disso, o resultado "é um passo importante na garantia de justiça para as vítimas, seus familiares e sobreviventes do Carandiru".
"O julgamento do massacre traz novamente à tona a cultura da execução extrajudicial que informa muitas das ações policiais. É um marco histórico na luta contra a impunidade de crimes cometidos por agentes do estado no momento em que o Brasil volta a discutir o papel da segurança pública na democracia e a necessidade de uma reforma ampla da polícia", diz a nota.
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