Categorias reclamam de perdas salariais e exigem melhores condições de trabalho
Henrique Ferreira/FolhaPE
O ato, que seguiu pela avenida Agamenon Magalhães, deixou o trânsito complicado no sentido Boa Viagem - os integrantes caminharam na contramão do fluxo de veículos. Um bloqueio foi montado na altura do Shopping Tacaruna, por volta das 18h, o que obrigou os motoristas a seguirem ao Centro pela avenida Cruz Cabugá. Agentes da CTTU e do BPtran monitoraram o tráfego na via. Em frente à sede provisória do Governo, cerca de 30 seguranças formaram uma barreira e fecharam a entrada do Centro de Convenções.
Desde às 13h, militares e bombeiros se concentraram na praça do Derby, na região central do Recife, local onde fica localizado o quartel-geral da corporação. Sempre entoando palavras de ordem, a categoria seguiu em passeata pela avenida Agamemon Magalhães rumo ao Centro de Convenções. No caminho à sede do Governo, os cerca de 500 profissionais presentes se uniram aos policiais civis e agentes penitenciários - que seguiram pela avenida Norte -, participantes do ato da campanha nacional, que poderá culminar em uma greve geral das categorias, no próximo dia 7 de setembro.
Henrique Ferreira/FolhaPE
Munidos de apito, nariz de palhaço, carro de som e vestidos de preto, os agentes penitenciários se reuniram em frente à sede da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), na Rua do Hospício. O encontro das três categorias aconteceu próximo ao viaduto da avenida Norte.
Os policiais civis reclamam de sucateamento dos equipamentos, baixo efetivo e pedem aumento das gratificações por risco de vidas, além de ganho salarial. Já os militares lutam pela aprovação das PECs 300 e 102. A primeira visa a criação de um piso salarial nacional para os agentes civis e para os policiais e bombeiros militares, enquanto a última quer desmilitarizar a PM. Segundo o Sinpol, a greve nacional pode ser deflagrada caso o Congresso Nacional não aprove a Proposta de Emenda Constitucional 300.
Policiais civis e agentes penitenciários falam sobre
as reivindicações que serão apresentadas ao governo
Assim como os civis, os agentes penitenciários reclamam do baixo efetivo da categoria. De acordo com a classe, há aproximadamente 30 mil presos no sistema carcerário do Estado, sob a respondabilidade de apenas 1,4 mil agentes. Comparando com a Paraíba - segundo dados do sindicato dos agentes -, por exemplo, há 8 mil detentos e 1,8 mil profissionais de segurança atuando nos presídios.
Prontidão
A Associação de Praça, Policiais e Bombeiros Militares de Pernambuco alegou que o Governo do Estado teria exigido que os policiais que largam as 13h permanecessem de prontidão durante o ato desta quinta-feira. O objetivo, segundo a categoria, é enfraquecer a participação da PM no movimento. "É uma tristeza que isso aconteça. Os comandantes dos batalhões pediram para que os policiais ficassem de prontidão", lamentou o sargento Ricardo Lima, presidente da instituição que representa os militares. O FolhaPE tentou contato com a assessoria da PM, mas as ligações não foram atendidas.
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