Informação policial e Bombeiro Militar

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Ministra dos Direitos Humanos cobra explicações do governo do Rio sobreação da Polícia Civil



Pasta acompanhará caso após divulgação de vídeo que mostra policiais forjando auto de resistência

GUILHERME AMADO, DO EXTRA (EMAIL ·FACEBOOK · TWITTER)

Ministra critica operação e vai cobrar apuração
Foto: Eliária Andrade/Arquivo





Ministra critica operação e vai cobrar apuração Eliária Andrade/Arquivo
RIO - Após assistir às imagens reveladas neste sábado pelo Extra, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes, afirmou que vai cobrar explicações do governo do Rio sobre a operação na Favela do Rola, em Santa Cruz. A ministra afirmou que não existe ali nada que possa ser chamado de auto de resistência, forma como as mortes foram registradas pela Polícia Civil:
São imagens muito fortes, demonstram que não existiu nenhuma situação que possa ser caracterizada como auto de resistência. O objetivo da polícia deve ser localizar e deter o criminoso. Jamais perseguir e matar.
A partir de segunda-feira, segundo ela, o caso passará a ser acompanhado de perto pela Secretaria. Maria do Rosário preside o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, vinculado ao ministério, e composto por autoridades e especialistas em Direito Constitucional e Criminal.
Vou solicitar ao governo do Rio explicações sobre isso. Que prática é essa de sobrevoar comunidade atirando? Que tipo de prática é essa de modificar uma cena de morte? Uma série de coisas impressionantes em termos de violações de Direitos Humanos lamentou.
Maria do Rosário criticou o uso de armas que coloquem a população em risco.
O vídeo indica, o que é muito grave, uma iniciativa para desconstituir a cena toda e, portanto, impedir uma perícia isenta de atuar. A polícia deve ser o lado bom. Uma abordagem desse tipo, sinceramente, atirar de um helicóptero sobre as casas, e modificar as cenas de morte daquelas pessoas, tudo isso é contra lei criticou.
A ministra lamentou a forma como os corpos são carregados e a atitude dos policiais diante das mortes:
Eu achei muito chocante a forma como carregam os corpos. Os comandos das polícias devem estar preocupados em humanizar a atuação policial, deve estar preocupado no que sente e como fica o policial após uma operação dessa. Não é saudável alguém comemorar uma morte. Isso produz adoecimentos que podem gerar pessoas que perdem a noção do que é violência e de seu papel, que é proteger a vida.


O Globo

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