segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Depois das palavras do governador Sérgio Cabral, Rio de Janeiro adminte não entrar em greve.

Movimento grevista da PM do Rio admite que paralisação pode não acontecer

Caio de Menezes

Uma das lideranças do movimento em prol da dignidade dos Bombeiros e Policiais do Estado do Rio de Janeiro, cabo Gurgel afirmou que a preferência do coletivo é não entrar em greve. De acordo com o militar, em uma assembleia na próxima quinta-feira, véspera da data estipulada para o início da paralisação, será decidido o destino do movimento, e de que forma os agentes de segurança vão reivindicar seus direitos.

"Somos conscientes e sabemos que é melhor não haver a greve, desde que sejam atendidas as nossas reivindicações", disse ele. "Uma paralisação geral não beneficiaria a ninguém. Porém, precisamos que o mínimo seja feito por nós".

Questionado sobre as declarações do governador Sérgio Cabral, que comparou o movimento fluminense ao baiano, e disse que "no Rio, há comando, há respeito da corporação a esse comando e garanto que nossos profissionais de segurança têm consciência de que o serviço deles é essencial", cabo Gurgel garantiu que "nada parecido com o que acontece em Salvador aconteceria aqui". Segundo ele, na assembleia que antecede a possível greve, em caso de confirmação da paralisação, será definido o esquema dos grevistas.

"Nós existimos para proteger a sociedade", definiu. "Nossa paralisação não pode ser integral. Somos um movimento organizado, e que preza pela segurança do Rio e de seus habitantes".

Perguntado sobre o anúncio feito por Cabral, que enviou proposta de reajuste à Assembleia Legislativa do Rio na semana passada e que será votado esta semana, e que vai elevar o salário mínimo de policiais e bombeiros a mais de R$ 2 mil, cabo Gurgel garantiu que as reivindicações do movimento não se limitam à questão salarial.

"Queremos mudanças no regulamento da Corporação, que muitas vezes sobrepõe-se à Constituição Federal", comparou. "O PM tem que poder recorrer à Justiça Comum, antes de extinta a esfera administrativa. O policial não pode ser obrigado a levantar para seu superior sentar quando não está de serviço. E, principalmente, queremos o fim da 'pronta intervenção', que permite a prisão do militar por 72 horas mediante qualquer suspeita, sem que haja flagrante ou prova de irregularidade".

Fonte: Jornal do Brasil

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